HOJE NO
"OBSERVADOR"
Brexit.
Governo britânico garante financiamento
a estudantes europeus até 2018/19
O Governo britânico garantiu esta sexta-feira que os jovens europeus continuarão a beneficiar de financiamento para os estudos superiores em universidades britânicas no ano letivo 2018/19.
O Governo britânico garantiu esta sexta-feira que os jovens europeus,
incluindo portugueses, continuarão a beneficiar de financiamento para
os estudos superiores em universidades britânicas no ano letivo 2018/19,
apesar de coincidir com a saída do país da UE.
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Segundo o
Ministério da Educação, estudantes europeus que se candidatem a
licenciaturas ou mestrados no ano letivo de 2018/19 continuarão a ser
elegíveis para os empréstimos e bolsas garantidas pelo Governo
britânico. Estas bolsas cobrem a 100% as propinas universitárias, que
podem chegar a 9.250 libras anuais (11.066 euros), inferiores às
propinas cobradas aos estudantes extra-comunitários, que podem chegar às
30 mil libras (36.000 euros).
Os europeus serão ainda elegíveis a bolsas de doutoramento atribuídas
pelo Research Council para ajudar a cobrir custos durante os respetivos
projetos. “Uma parte fundamental do nosso sucesso é atrair talentos de
todo o mundo. Isto irá oferecer tranquilidade para os intelectos mais
brilhantes de toda a Europa para continuarem a candidatarem-se para
estudar no Reino Unido com confiança sabendo que terão assistência
financeira disponível, se for necessário”, disse o ministro para a
Ciência e Ensino Superior, Jo Johnson. Até agora, o governo só tinha
garantido esta facilidade até ao próximo ano letivo 2017/18.
Os
‘Tuition Fees Loans’ são empréstimos cobrem a totalidade do custo das
propinas e são pagos diretamente à instituição de ensino, devendo apenas
ser pagos reembolsados após o final do curso, quando o salário estiver
acima de um certo valor. O governo britânico oferece também ‘Maintenance
Loans’ para cobrir despesas de subsistência, embora estes empréstimos,
que também têm de ser reembolsados, possam depender do rendimento
familiar.
Segundo o Serviço de Admissão às Universidades e
Colégios (UCAS na sigla inglesa), em 2017 concorreram 1.330 portugueses
para estudar em estabelecimentos de ensino britânico, um aumento de 77%
face aos 750 de 2013. O número de candidatos portugueses têm vindo a
aumentar gradualmente todos os anos, tendo sido registados 780 em 2014,
980 em 2015 e 1.150 em 2016. Estudantes de países europeus como Espanha,
Itália, Suíça e República Checa também aumentaram significativamente
nos últimos anos.
O Reino Unido deverá oficializar a sua saída da
União Europeia a 29 de março de 2019, dois anos após a ativação do
artigo 50.º do Tratado de Lisboa. As negociações que terão lugar até lá
deverão determinar os termos futuros para a frequência de estudantes
europeus de universidades britânicas.
* Este anúncio que refere um período tão curto é uma forma de pressão do governo inglês à Comissão Europeia, como factor de negociação.
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