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"OBSERVADOR"
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Alunos portugueses entre
os mais ansiosos da OCDE
face à avaliação escolar
Os alunos portugueses estão entre os mais ansiosos da OCDE no que se refere à avaliação escolar, de acordo com os dados de um relatório intercalar do PISA 2015, relativo ao bem-estar dos estudantes.
Os alunos portugueses estão entre os mais ansiosos da OCDE no que se
refere à avaliação escolar, de acordo com os dados de um relatório
intercalar do PISA 2015, relativo ao bem-estar dos estudantes.
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Segundo
os dados do PISA 2015 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos),
88% dos alunos portugueses temem más classificações nas escolas, 84%
receiam que os testes sejam muito difíceis para si, 69% admitem ficar
ansiosos quando fazem um teste, 65% ficam nervosos quando não conseguem
resolver um problema na escola e até estudar é um fator de tensão, pelo
menos para 46,2% dos alunos portugueses.
Para o Ministério da Educação (ME) os dados “certificam a
aposta do Governo no fomento de uma política de avaliação centrada na
sua dimensão formativa e ao serviço das aprendizagens”. Ainda assim, a
percentagem de satisfação e bem-estar na vida é superior a 70% entre os
alunos portugueses, e são mais de 30% os que se consideram mesmo muito
satisfeitos. Portugal fica ligeiramente acima da média da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no que aos níveis
de satisfação diz respeito.
A ligação à Internet e o tempo que os
estudantes de 15 anos passam online foram também analisados neste
relatório, mostrando que entre o PISA 2006 e o PISA 2015 o acesso dos
alunos portugueses à Internet praticamente se universalizou: se em 2006
eram apenas 58% os que diziam ter uma ligação em casa, a percentagem era
em 2015 de 97%.
Portugal encontra-se, aliás, entre os países da OCDE em que uma maior percentagem de jovens declara ter computadores portáteis em casa e está também entre os países da OCDE em que uma maior percentagem de jovens declara que a Internet é um excelente recurso para obter informação”, salienta o ME.
O
relatório intercalar aponta, no entanto, problemas de ansiedade
decorrentes de uma maior dependência da tecnologia: no conjunto dos
países da OCDE mais de metade dos alunos admite sentir-se mal quando não
tem disponível uma ligação à Internet.
No caso português, a par
de outros países como França, Grécia ou Suécia, são mais de 77% os
alunos que “demonstram alguns sinais de um uso problemático da
Internet”, segundo o documento. Os alunos portugueses reportaram passar,
em média, 140 minutos diários (02h20) ligados à internet, fora da
escola, e 191 minutos diários aos fins-de-semana (03h11).
Os dados
analisados indicam ainda que os pais portugueses demonstram interesse
pelo percurso escolar, com mais de 90% dos alunos a referir que fala com
os pais sobre o seu dia depois da escola e que os pais se interessam
pelo que lá se passa. Segundo o relatório, Portugal é mesmo o país onde
mais alunos reportaram que os pais se interessam pela sua atividade
escolar.
Do lado dos pais, estes indicam que são os horários e ficar
retido no trabalho as razões que mais os impedem de participar nas
atividades escolares dos filhos.
Os alunos portugueses estão também entre aqueles que têm um índice de exposição mais baixo ao bullying,
com apenas 5,7% dos estudantes a reportar ter sido vítima de atos de
violência na escola por várias vezes ao longo de um mês. Para os
portugueses a forma de bullying mais frequente é serem gozados pelos colegas.
Na comparação internacional, o estudo destaca o caso português pela positiva, pelo envolvimento da larga maioria das famílias no acompanhamento da vida escolar dos seus educandos, pelo sentimento generalizado de pertença dos alunos às suas escolas, assim como pela forte relação que existe entre a satisfação dos jovens com as suas vidas e o apoio dos professores”, refere o comunicado da tutela.
Mais
de 80% dos alunos portugueses declaram que se sentem parte da escola e
que não se sentem excluídos. No que diz respeito a desempenho e
motivação 93,1% querem poder escolher entre as melhores oportunidades
quando se formarem, mas apenas 65,5% querem estar entre os melhores da
sua turma.
Os alunos portugueses manifestam vontade de ter notas
elevadas nas suas disciplinas (96%), mas pouco mais de 70% se consideram
ambiciosos e só 65% afirmam querer ser os melhores da turma.
Ainda que
sintam apoio dos pais quando sentem dificuldades na escola, apenas 39%
espera concluir uma licenciatura.
Em 2015 Portugal conseguiu pela
primeira vez resultados “significativamente superiores” à média da OCDE
nos testes PISA, na leitura feita pelo Instituto de Avaliação Educativa
(IAVE) às provas aplicadas aos alunos de 15 anos, e que se estendem ao
conjunto de países da OCDE, centrando-se nos domínios da leitura,
matemática e ciências.
Este estudo envolveu 72 países e economias,
18.000 escolas, 95.000 professores e quase meio milhão de alunos, dos
quais 7.325 em Portugal.
* Quem não andava ansioso em 2015, ansioso que o governo de Coelho/Portas nos largasse a braguilha.
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