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Papa recomenda exorcistas em
casos de grande inquietação
O Papa
Francisco recomendou, esta sexta-feira, aos sacerdotes que não hesitem
em recorrer a exorcistas quando testemunharem uma grande inquietação
espiritual durante o ato da confissão.
Um
bom confessor deve ser "um homem de discernimento", especialmente
quando é confrontado com "verdadeiras perturbações espirituais",
sublinhou o pontífice durante uma formação para sacerdotes promovido
pela Penitenciaria Apostólica, um dos três tribunais do Vaticano.
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O
Papa recordou que uma grande parte destes transtornos tem uma natureza
"psicológica" e, como tal, tais casos devem ser acompanhados "através de
uma colaboração saudável com as ciências humanas".
No
entanto, segundo referiu Francisco, o confessor "não deve hesitar em
consultar", no seio da respetiva diocese, "exorcistas (...) escolhidos
com muito cuidado e prudência".
O
exorcismo, que Jesus terá realizado segundo a tradição dos Evangelhos,
consiste em orações e cerimónias do prelado ou do sacerdote para ordenar
ao demónio que deixe a pessoa "possuída".
A prática não é reconhecida e nem apreciada por todos no seio da Igreja Católica.
Com
mais frequência do que os seus antecessores, o Papa Francisco tem
referido a presença "nociva" do "demónio", do "Satanás" no mundo, bem
como tem salientado a necessidade de lutar contra esta presença através
de diferentes meios.
Numa missa em
memória do padre Jacques Hamel, o padre francês de 85 anos que foi
degolado em 2016 por dois extremistas islâmicos no interior de uma
igreja, Francisco sublinhou que matar em nome de Deus era uma prática
"satânica".
Todos os anos, a
Penitenciaria Apostólica organiza uma semana de formação para padres
sobre o ato da confissão. Esta instância permite, em particular, que os
confessores assinalem pecados graves como profanações ou crimes.
* É melhor ir ao bruxo.
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