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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Deutsche Bank
prepara reforço de capital
de 10 mil milhões
A solução para reforçar capitais, que não está fechada nem aprovada, pode passar, segundo a Bloomberg, pela venda de novas acções e da alienação de parte do seu negócio de gestão de activos.
A instituição financeira alemã Deutsche Bank está a
preparar um plano de reforço de capitais que poderá chegar aos 10 mil
milhões de euros, através da venda de novas acções (num montante até
8.000 milhões de euros) e da alienação de parte do seu negócio de gestão
de activos.
.
A notícia foi avançada esta sexta-feira, 3 de Março, pela Bloomberg, que citava fontes próximas do processo e oficialmente confirmada depois pelo banco ao Financial Times.
Segundo fonte oficial, o reforço está "sujeiro a condições de mercado e
à aprovação do conselho de administração e do conselho de supervisão."
A
agência noticiosa acrescentava que os contornos da operação poderão
ficar definidos este fim-de-semana. A solução - que ainda não está
fechada - poderia ser uma alternativa ao cenário de venda do Postbank
(negócio que ainda não encontrou comprador), referem as mesmas fontes,
permitindo além disso reintegrar a unidade de banca de consumo.Já as
divisões de trading e de banca de investimento poderão ser reunidas numa
só.
O negócio
de gestão de activos - que gere 774 mil milhões de euros - poderá ser
vendido através da entrada em bolsa, onde seria disperso 30% do
capital.
O actual administrador financeiro, Marcus Schenck, poderá estar de saída do cargo no âmbito da reestruturação dos cargos dirigentes, estando a ser ponderada a criação de um vice-CEO.
O modelo poderá ser submetido à análise do conselho de supervisão do banco, a 16 de Março. Dentro deste órgão, a solução que mais agrada é a reintegração do Postbank e o aumento de capital. Um novo aumento de capital, visto como a melhor opção neste momento, diluiria contudo fortemente a posição dos actuais accionistas.
As dificuldades do banco alemão acentuaram-se em Setembro passado, quando as autoridades norte-americanas pediam o pagamento de 14 mil milhões de dólares para pôr fim a um processo judicial relacionado com títulos hipotecários, um valor que acabou por ser reduzido em Dezembro.
Em Agosto do ano passado o Goldman Sachs detectou necessidades de capital de 2.000 milhões de euros no banco. Em Outubro, a instituição levantou cerca de quatro mil milhões de euros em vendas privadas de dívida. Em Junho de 2014, o banco tinha feito um aumento de capital de 8,5 mil milhões de euros.
Em 2015 o banco encerrou o ano com prejuízos de 6,8 mil milhões de euros e com perdas de 1,4 mil milhões no ano passado.
As acções do Deutsche Bank encerraram esta sexta-feira a cair 1,3% para 19,14 euros.
O actual administrador financeiro, Marcus Schenck, poderá estar de saída do cargo no âmbito da reestruturação dos cargos dirigentes, estando a ser ponderada a criação de um vice-CEO.
O modelo poderá ser submetido à análise do conselho de supervisão do banco, a 16 de Março. Dentro deste órgão, a solução que mais agrada é a reintegração do Postbank e o aumento de capital. Um novo aumento de capital, visto como a melhor opção neste momento, diluiria contudo fortemente a posição dos actuais accionistas.
As dificuldades do banco alemão acentuaram-se em Setembro passado, quando as autoridades norte-americanas pediam o pagamento de 14 mil milhões de dólares para pôr fim a um processo judicial relacionado com títulos hipotecários, um valor que acabou por ser reduzido em Dezembro.
Em Agosto do ano passado o Goldman Sachs detectou necessidades de capital de 2.000 milhões de euros no banco. Em Outubro, a instituição levantou cerca de quatro mil milhões de euros em vendas privadas de dívida. Em Junho de 2014, o banco tinha feito um aumento de capital de 8,5 mil milhões de euros.
Em 2015 o banco encerrou o ano com prejuízos de 6,8 mil milhões de euros e com perdas de 1,4 mil milhões no ano passado.
As acções do Deutsche Bank encerraram esta sexta-feira a cair 1,3% para 19,14 euros.
* Este reforço de capital a acontecer é uma tremenda vigarice e só é possível porque Draghi não manda em Merkel.
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