HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Comarca da Madeira esclarece críticas
de António Franco Fernandes
à justiça madeirense
O
juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, Paulo
Barreto, emitiu um comunicado onde esclarece alguns pontos que foram
alvo de escrutínio numa conferência de imprensa realizada ontem pelo
advogado António Franco Fernandes, criticando a justiça madeirense.
.
O
comunicado surge no seguimento de notícia avançada por alguma
comunicação, após uma conferência realizada para alguns órgãos de
comunicação social. Paulo Barreto afirma que o advogado refere-se à
justiça madeirense tendo em conta apenas dois casos concretos.
“O
primeiro é de uma acção interposta contra o Governo Regional, a Câmara
Municipal do Funchal e outras entidades públicas, que corre termos no
Tribunal Administrativo e Fiscal, jurisdição completamente alheia ao
tribunal judicial da comarca da Madeira”, refere.
Por outro lado,
o juiz desembargador afirma que a outra referência da conferência
tratou-se de uma queixa por violência doméstica, “que está ainda em fase
de inquérito, logo sob a titularidade do MP, não tendo sido requerido à
Sr.ª Juíza de Instrução Criminal a aplicação de qualquer medida de
coacção”, sendo por isso alheio a qualquer juiz juízes do tribunal
judicial da comarca da Madeira.
“O Senhor Advogado disse ainda
que este caso de violência doméstica me desmente, porque eu incluí nos
objectivos processuais da comarca que este tipo de crime seria julgado
em três/quatro meses. É verdade que este é um dos nossos objectivos,
mas, como refiro na fixação dos objectivos processuais, o tempo dos
juízes na jurisdição criminal só começa a correr com o despacho de
recebimento da acusação”, assume Paulo Barreto.
O juiz conclui
afirmando que “ os juízes não controlam o tempo de duração do inquérito.
O prazo é para julgamento e não para inquérito. Os três/quatro meses
contam-se, pois, a partir do recebimento da acusação, que, no caso
concreto, não foi sequer deduzida”.
* Os diversos intervenientes na Justiça sempre se degladiaram, especialmente em conflitozinhos.
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