19/01/2017

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HOJE  NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

UE diz que acordo comercial com
 o Reino Unido pode demorar dois anos

A comissária da UE responsável pela pasta do Comércio avisa que, concretizado o Brexit, a negociação de um novo acordo comercial entre Bruxelas e Londres poderá prolongar-se por um período de dois anos.

Cecilia Malmstrom, comissária do Comércio da União Europeia, assumiu que o estabelecimento de um novo acordo comercial com o Reino Unido poderá demorar dois anos até estar concretizado.
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Em declarações feitas esta quinta-feira, 19 de Janeiro, no âmbito do Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, Malmstrom recorreu ao exemplo da negociação entre Bruxelas e o Canadá, que depois de se prolongar durante sete anos aguarda ainda aprovação.

"É difícil dizer [quanto tempo]. É necessário um par de anos, dependendo daquilo que eles queiram", afirmou a comissária, citada pela agência Reuters, recordando que nesta altura "estamos a negociar 15 ou 16 acordos, pelo que de momento estamos muito ocupados".

Questionada sobre se o Reino Unido está no final da fila de todas estas negociações em curso, a comissária Malmstrom assumiu que "sim". "Os acordos de comércio demoram tempo, dada a sua complexidade", concluiu.

Esta semana, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que o Reino Unido vai optar por um "hard Brexit", que consiste em concretizar uma saída completa da União Europeia, das suas instituições políticas, judiciais e também do mercado único europeu. May sustentou que depois de concretizada a saída da UE, Londres avançará então para uma negociação com vista ao estabelecimento de um acordo comercial com o bloco europeu.

Antes, a sucessora de David Cameron na chefia do Governo britânico já tinha dito que accionará o artigo 50º do Tratado de Lisboa - que define o enquadramento através do qual se processa a saída da UE de um Estado-membro - no próximo mês de Março. A partir do momento em que for accionado este artigo, começa a contar um período de dois anos findo o qual a saída da União terá de estar concluída.  

* Estamos a assistir à morte lenta da UE, Trump irá cantar o Requiem.

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