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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Recuperação do Grupo Urbanos
foi chumbada
O grupo Urbanos SGPS não conseguiu entrar em PER. Uma das suas empresas também. Já a Kashmir Imóveis, que também é presidida por Alfredo Casimiro, conseguiu o acordo dos credores para a recuperação.
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Sem acordo. O processo de recuperação do grupo de logística Urbanos
não passou no tribunal. Cerca de 19% da dívida de 44 milhões de euros é
devida a entidades do Estado, nomeadamente as sociedades com os despojos
do BPN e a Caixa Geral de Depósitos, ainda que o principal credor seja o
Novo Banco.
"Na Comarca de Lisboa, Instância Central -
1ª Sec.Comércio - J2 de Lisboa, no dia 20-12-2016, ao meio dia, foi
proferida decisão de recusa homologação do acordo de revitalização da
devedora: "Urbanos - Grupo, Sgps, S.A". A nota consta do portal Citius.
Não
é indicado se foram os credores que recusaram a entrada da Urbanos em
Processo Especial de Revitalização (PER), como a empresa pretendia para
"poder reestruturar o passivo financeiro acumulado durante os anos de
expansão e desta profunda crise económica que o país atravessou entre
2012 e 2015", ou se a decisão foi exclusivamente do tribunal. Ao que o
Negócios apurou, os credores conseguiram chegar a um entendimento para a
aprovação do plano mas o juiz não aceitou, motivo pelo qual o grupo
Urbanos pretende avançar para um recurso. O grupo não comenta.
A "decisão agora publicitada vincula quem tem dívidas a haver, mesmo aqueles que não hajam participado nas negociações".
Não foi ainda possível apurar junto da empresa o que será feito agora
pelo grupo Urbanos, liderado por Alfredo Casimiro (que é também
responsável da Pasogal, que detém 50,1% da Groundforce, empresa em que a
accionista minoritária é a TAP).
O Novo Banco é o
principal credor, com uma dívida de 7,6 milhões de euros, seguido do
Montepio, com 4,2 milhões, do BCP, com 2,7 milhões, e do Crédito
Agrícola, com 2,6 milhões. Já a Caixa Geral de Depósitos, com base num
contrato de arrendamento de um fundo de investimento imobiliário e de
duas operações de financiamento, tem a receber 2,2 milhões de euros.
A
Imofundos, que pertence às sociedades Par, criadas pelo Estado em 2012
para ficar com os créditos e activos do nacionalizado BPN não comprados
pelo BIC, tem a receber 5,8 milhões de euros da Urbanos devido a dois
contratos de arrendamento.
Estes valores são já conhecidos desde Setembro, data em que o administrador judicial Pedro Pidwell fez a recolha da lista dos créditos provisórios.
PER pedidos também por outras empresas do grupo
Outra
empresa do grupo, a Urbanos Supply Chain, também não conseguiu ver o
seu PER aprovado. "Na Comarca de Lisboa, Lisboa - Inst. Central - 1ª
Sec.Comércio - J4 de Lisboa, no dia 16-12-2016, ao meio dia, foi
proferido despacho de recusa homologação do acordo de revitalização
do(s): Urbanos - Supply Chain".
Neste caso, a dívida global é
de 19 milhões de euros, mas não é claro que seja um valor que se possa
somar ao da Urbanos SGPS, já que muitos credores e muitas das suas
dívidas são as mesmas.
Há ainda mais duas empresas do
grupo, a Urbanos Soluções e a RN Trans, que também pediram o acesso a um
PER. Em Novembro, conseguiram mais um mês para negociar com os credores
e o desfecho ainda não foi publicado no Citius.
Empresa de Casimiro consegue recuperação
Já
uma outra empresa que não tem Urbanos na denominação mas que tem
Alfredo Casimiro como presidente conseguiu o acordo para a sua
recuperação. "Foi proferida sentença de homologação relativo ao acordo
entre o devedor Kashmir - Imóveis, S.A [e os credores]", indica outro
documento publicado no portal Citius.
Neste caso, os
credores da Kashmir - Imóveis não diferenciam muito. A dívida total é de
12,5 milhões de euros, um terço da qual ao Estado, através da
Imofundos, que é da sociedade estatal Parvalorem. O Novo Banco abarca
outro terço da dívida, com o BCP a ficar com 14% da restante parcela.
* Grandes imbróglios recheados de vigarices durante a vigência de Sócrates e Passos Coelho/Portas.
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