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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
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Vodafone critica ANACOM
por não abrir fibra óptica da MEO
A
Vodafone lamentou hoje que ANACOM se recuse a impor à MEO a abertura a
outros operadores do acesso à sua rede de fibra ótica em áreas remotas e
rurais, acrescentando que esta decisão tem “um custo para Portugal”.
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“É
lamentável que uma vez mais a ANACOM tome uma não decisão. O lançamento
de uma nova consulta pública não é mais do que adiar ‘sine die’ este
tema”, afirmou o presidente executivo da Vodafone, Mário Vaz, numa
resposta escrita enviada à agência Lusa.
A Autoridade Nacional de
Comunicações (ANACOM) anunciou hoje que mantém a sua decisão de não
impor à MEO a abertura a outros operadores do acesso à sua rede de fibra
ótica em áreas remotas e rurais, discordando assim da recomendação da
Comissão Europeia nesse sentido. O regulador decidiu também abrir um
processo de consulta pública sobre esta decisão que decorrerá por 20
dias úteis.
“A posição hoje divulgada está totalmente desalinhada
com a visão da Comissão Europeia (que por duas vezes expressou a sua
opinião sobre este tema), dos pares da ANACOM (BEREC) e dos operadores
alternativos”, considerou Mário Vaz.
O CEO da Vodafone defendeu
também que “a desresponsabilização do regulador tem um custo para
Portugal”, considerando que “não se pode ter um País a duas velocidades,
sobretudo quando tanto se fala na importância da revolução digital para
combater assimetrias regionais e promover o desenvolvimento nacional”.
“A
fatura já está a ser paga pelas populações, penalizadas pela falta de
concorrência, traduzida na menor inovação, num pior serviço e ofertas
mais caras. A longo prazo os prejuízos para a economia nacional serão
irreversíveis”, disse.
Mário Vaz lembrou ainda que a Vodafone
defende o modelo de coinvestimento nas infraestruturas de redes de nova
geração, considerando que “é o que melhor defende os interesses de
Portugal e esta é uma oportunidade única de o regulador promover as
condições para o reforço deste modelo”.
“Os operadores devem
concorrer entre si pela inovação e pela qualidade do serviço e não pelo
monopólio geográfico nas zonas não competitivas que, pelas condições
geográficas e económicas que apresentam, não permitem o investimento
individual por parte dos operadores alternativos”, considerou.
Nesse
sentido, o presidente executivo da Vodafone diz que a empresa vai
analisar novamente a posição da ANACOM, bem como os fundamentos que a
mesma terá apresentado para se desviar da recomendação da Comissão
Europeia e “ignorar as sérias dúvidas” que Bruxelas levantou.
No
início de dezembro, a Comissão Europeia recomendou à Autoridade Nacional
de Comunicações (ANACOM) que imponha à MEO a abertura aos outros
operadores do acesso à sua rede de fibra ótica em áreas remotas e
rurais, de acordo com recomendação publicada na semana passada.
* A ANACOM está a servir de suporte a um monopólio absurdo.
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