HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Gémeos iraquianos saíram de Portugal
Segundo a RTP, os gémeos iraquianos suspeitos de terem agredido Ruben Cavaco viajaram para Istambul, na Turquia
A
RTP diz que a saída "terá sido em companhia da restante família
residente em Portugal" com destino a Istambul, Turquia. Segundo o
Expresso, na altura do embarque os inspetores do SEF alertaram o
Ministério Público que entendeu não haver qualquer impedimento para a
saída dos filhos do embaixador do Iraque.
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BOA VIAGEM, FELIZ REGRESSO |
Não havendo "qualquer
medida de coação" e na posse de passaportes diplomáticos válidos, nada
impedia a saída dos gémeos de Portugal.
O advogado dos jovens
disse ter sido informado da viagem - habitual nesta altura do ano -
adiantando, ao Expresso, que a família costuma regressar a Lisboa no
início do ano.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da
República informou, em comunicado enviado à comunicação social, que quer
ouvir como arguidos os filhos do embaixador do Iraque em Portugal, na
sequência das agressões ao jovem em Ponte de Sor, e que considera
"imprescindível" o levantamento da imunidade diplomática.
"Na
sequência da análise da resposta do Estado Iraquiano, o Ministério
Público considera essencial para o esclarecimento dos factos, ouvir, em
interrogatório e enquanto arguidos, os dois filhos Embaixador do Iraque
em Lisboa, sendo, assim, imprescindível para os autos o levantamento da
imunidade diplomática", refere o comunicado.
De acordo com a PGR, e
porque o Estado iraquiano considerou, no passado mês de outubro,
prematuro tomar uma decisão em relação ao levantamento da imunidade dos
dois irmãos, que admitiram ter agredido Rúben Cavaco em Ponte de Sor, o
Ministério Público decidiu, "apesar do inquérito se encontrar em segredo
de justiça, informar o Estado Iraquiano sobre o conteúdo dos autos",
tendo enviado "certidão dos elementos constantes do processo" através do
Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Já o Ministério dos
Negócios Estrangeiros, também em comunicado, confirma ter recebido nota
da PGR dando conta da "necessidade de proceder ao levantamento da
imunidade diplomática de que beneficiam dois filhos do Embaixador do
Iraque em Lisboa", tendo por isso convocado o embaixador do Iraque em
Lisboa já esta quarta-feira para lhe fazer chegar a "nota verbal que
renova o pedido de levantamento da imunidade diplomática dos seus
filhos", bem como a cópia do ofício e a certidão remetidos pela PGR.
"Considerando a extensão da certidão extraída dos autos e o facto de
estar redigida em português, o MNE solicitou a resposta formal ao seu
pedido no prazo máximo de 20 dias úteis", termina a declaração.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) voltou nesse dia, 7 de
outubro, a convocar o embaixador do Iraque em Lisboa para renovar o
pedido de levantamento de imunidade diplomática dos dois filhos gémeos
do diplomata, na sequência das agressões em Ponte de Sor, e deu 20 dias
úteis ao Iraque para tomar uma decisão.
Em nota enviada à
comunicação social, e depois de o Ministério Público ter também
difundido uma declaração onde sublinha ser "imprescindível" o
levantamento da imunidade diplomática dos gémeos iraquianos, que quer
ouvir na qualidade de arguidos, o MNE informa que "convocou o Embaixador
do Iraque, tendo-lhe entregue, hoje mesmo, a Nota Verbal que renova o
pedido de levantamento da imunidade diplomática dos seus filhos. Foi-lhe
também entregue a cópia do ofício e a certidão remetidos pela PGR", que
decidiu informar o Estado iraquiano sobre o conteúdo dos autos da
investigação, ainda que se encontrem sob segredo de justiça.
"Considerando
a extensão da certidão extraída dos autos e o facto de estar redigida
em português, o MNE solicitou a resposta formal ao seu pedido no prazo
máximo de 20 dias úteis", termina a declaração.
No dia 17 de
agosto, Rúben Cavaco foi agredido em Ponte de Sor, no distrito de
Portalegre, pelos filhos do embaixador do Iraque em Portugal, gémeos de
17 anos, que têm imunidade diplomática em Portugal ao abrigo da
Convenção de Viena.
O jovem alentejano sofreu múltiplas fraturas,
tendo sido transferido do centro de saúde local para o Hospital de Santa
Maria, em Lisboa, onde chegou a estar em coma induzido. Teve alta
hospitalar no início de setembro.
* Segundo o que apurámos cidadão munido de passaporte diplomático está protegido por um escudo invisível, as autoridades portuguesas à luz dos acordos internacionais nada podiam fazer, embora sublinhemos a indignação do nosso ministro dos Negócios Estrangeiros.
A quem estiver interessado talvez que no regresso dos piquenos, cidadãos portugueses anónimos, vestidos de burka, possam enfiar um arraial de porrada nos energúmenos, os gajos não deviam poder ficar-se a rir, isto é só uma opinião.
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