HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Tunisino procurado pela polícia alemã
era suspeito de preparar atentado
Ministro do Interior alemão confirmou que há um novo suspeito. Estava sinalizado pela polícia antiterrorismo desde novembro
O
ministro do Interior do estado alemão da Renânia do Norte-Vestefália
confirmou que a polícia está à procura de um novo suspeito do ataque com
um camião em Berlim, que fez 12 vítimas mortais.
Sublinhando que ainda
não foi estabelecida uma ligação definitiva do indivíduo que está a ser
procurado ao atentado, Ralf Jäger não quis alongar-se nas informações,
frisando a necessidade de não colocar em risco a investigação, mas
confirmou que o suspeito viveu em Berlim e, por um breve período, na
Renânia do Norte-Vestefália.
"As
agências de segurança trocaram descobertas e informações sobre esta
pessoa com a agência antiterrorismo em novembro de 2016", disse em
conferência de imprensa, citado pela agência Reuters. "A polícia
judiciária da Renânia do Norte-Vestefália abriu um inquérito junto da
Procuradoria Federal Alemã em função de suspeitas sobre a preparação de
um ato criminoso grave representando um perigo para o Estado".
Segundo
Jäger, o suspeito tinha pedido asilo na Alemanha, mas fora-lhe negado no
passado mês de julho. As tentativas de o deportar para a Tunísia
falharam por não possuir qualquer documento de identificação e as
autoridades tunisinas questionaram mesmo que fosse um cidadão nacional.
"A polícia federal emitiu um aviso alertando que ele poderia ser
perigoso", revelou o ministro. "Os documentos de identificação dele
chegaram hoje. Não quero fazer mais comentários sobre este facto".
Em
fevereiro de 2016, o indivíduo - identificado pela imprensa alemã como
Anis Amri - mudou-se para Berlim e terá usado nomes diferentes, revelou
ainda o ministro. Nesta altura, está a ser procurado em todo o espaço
Schengen. De acordo com a Associated Press, que teve acesso ao mandado
de detenção europeu emitido pela Alemanha, o suspeito tem efetivamente
cidadania tunisina e usa seis identidades diferentes. É considerado
perigoso e estará armado.
Pouco antes da conferência de imprensa do
governante do estado da Renânia do Norte, o ministro do Interior alemão,
Thomas de Maizière, pediu à imprensa que não especulasse sobre o
suspeito. "Não posso confirmar ou negar informações. Dar-vos-emos mais
informação quando tivermos mais factos, não antes. O que é importante é o
resultado, não a velocidade da especulação", afirmou.
Um
deputado alemão da família política da chanceler Angela Merkel revelou
entretanto que o presumível terrorista tem vinte e poucos anos e era
considerado ativo na "cena islamita salafita", tendo chegado à Alemanha
vindo da Itália, durante a crise dos refugiados. Segundo a imprensa
alemã, Amri teria ligações ao pregador Ahmad Abdelazziz A., também
conhecido como Abu Walla, que foi preso em novembro por encorajar os
ouvintes a viajarem para a Síria para combaterem ao lado dos extremistas
islâmicos.
De acordo com a Reuters,
que cita a imprensa local, a polícia está hoje a fazer buscas num abrigo
para refugiados no nordeste da Alemanha, na cidade de Emmerich, a cerca
de 14 quilómetros da cidade de Colónia e próxima da fronteira com a
Holanda. O tunisino terá estado instalado neste centro.
Documento de identificação no camião
As informações sobre um novo suspeito no ataque de Berlim começaram a surgir depois de a edição online do diário Der Spiel
ter avançado que tinha sido encontrado, debaixo do assento do camião
usado para abalroar os visitantes no mercado de Natal, um documento de
identificação de um homem tunisino. Tratava-se de uma autorização de
residência temporária, entregue aos migrantes a quem é rejeitado o
pedido de asilo, mas que não são expulsos da Alemanha.
Já
esta quarta-feira, a imprensa alemã adiantava que, durante a madrugada,
fora detido um outro suspeito de envolvimento no ataque, mas que terá
sido libertado horas depois.
Ao final
da tarde de terça-feira, o paquistanês de 23 anos que tinha sido detido
na noite do atentado foi igualmente libertado: o chefe da polícia de
Berlim, Klaus Kandt, reconheceu que não foi possível confirmar que o
jovem era efetivamente o condutor do camião, apesar dos vários relatos e
descrições de testemunhas no local.
Recorde-se
que o paquistanês, requerente de asilo, tinha sido detido depois de um
indivíduo o ter perseguido nos minutos após o ataque no mercado de
Natal, por julgar que se tratava do motorista do veículo.
* Mesmo os países que na Europa não sofreram atentados devem estar tão alerta como aqueles em que ocorreram actos terroristas.
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