HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
PS entende que administradores
da CGD têm de entregar declarações
O PS
defendeu que os administradores da CGD devem entregar as suas
declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional e,
como tal, não se justifica a apresentação de iniciativas legislativas
adicionais.
Esta posição foi
comunicada aos jornalistas pelo vice-presidente da bancada socialista
João Paulo Correia, numa curta declaração sobre a controvérsia em torno
da nova administração da CGD e sem direito a perguntas por parte dos
jornalistas.
Depois de todas as
restantes bancadas terem defendido que os administradores da CGD não se
podem isentar de entregar as suas declarações perante o Tribunal
Constitucional, João Paulo Correia declarou perante os jornalistas:
"Entende o Grupo Parlamentar do PS que os administradores da CGD devem
apresentar as suas declarações no Tribunal Constitucional, a quem
compete a melhor decisão, não se justificando neste contexto a
apresentação de qualquer iniciativa legislativa adicional".
A
declaração de João Paulo Correia visou também atacar a posição do PSD
em matéria de limitação de vencimentos dos administradores da CGD.
"O
presidente do PSD [Pedro Passos Coelho] disse que a reposição do modelo
do anterior Governo limita os vencimentos dos administradores da CGD ao
vencimento do primeiro-ministro, mas isso é falso. O anterior modelo do
Governo PSD/CDS-PP não fazia isso, já que permitia que os
administradores da Caixa pudessem ser remunerados pela média dos últimos
três anos", apontou o vice-presidente da bancada socialista.
De
acordo com João Paulo Correia, quando o anterior modelo estava em
vigor, "aconteceu que globalmente os administradores da CGD ganhavam
mais do que o primeiro-ministro".
"Este
modelo criava ainda duas incongruências, já que possibilitava que os
administradores ganhassem em função do que antes fizeram e não em função
do cargo que exerciam. Por outro lado, esse modelo permitia que vogais
do Conselho de Administração da CGD pudessem ganhar mais do que o
presidente", referiu ainda o dirigente do Grupo Parlamentar do PS.
Para
João Paulo Correia, em síntese, a reposição do modelo do anterior
Governo para o apuramento dos vencimentos dos administradores da CGD
"enferma de uma falsidade e de duas enormes incongruências".
* Neste país a lei nunca foi igual p'ra todos, a justiça nunca foi igual p'ra todos, o poder discricionário e o dinheiro foi sempre diferente p'ra todos.
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