HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Migrantes:
mais a entrar e menos a sair de Portugal
Portugal
acolheu, o ano passado, 29896 imigrantes, mais 53,2% face ao anterior,
mas viu partir 40377 portugueses para residir estrangeiro, menos 18,5%
do que em 2014.
Apesar de se
ter observado, a nível dos movimentos migratórios, "uma recuperação do
saldo", este permaneceu negativo (menos 10481), porque "o número de
imigrantes continuou a ser inferior ao de emigrantes", refere o INE nas
Estatísticas Demográficas 2015.
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Traçando
a situação demográfica em Portugal, o INE afirma que "continua a
caracterizar-se pelo decréscimo da população residente, apesar do
aumento da natalidade e da imigração, e do decréscimo da emigração".
Assim,
em 2015, a população residente em Portugal foi estimada em 10.341.330
pessoas, menos 33492 do que em 2014, o que representa uma taxa de
crescimento efetivo de menos 0,32%, quando no ano anterior tinha sido de
menos 50%.
"Manteve-se assim a
tendência de decréscimo populacional que se vem verificando desde 2010,
apesar de se ter atenuado nos dois últimos anos", sublinha o INE.
Pela
primeira vez em seis anos, registou-se "um ligeiro aumento" do número
de nascimentos (85.500 face a 82.367 de 2014), mas "foi insuficiente"
para compensar o número de óbitos, que se situou nos 108.511, mais 3,5%
do que em 2014 (104.843), razão pela qual o saldo natural foi negativo
(-23.011).
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, mais de metade (50,7%) dos bebés nasceu "fora do casamento".
Os
dados indicam também uma recuperação ligeira, pelo segundo ano
consecutivo, do índice sintético de fecundidade, que foi de 1,30 filhos
por mulher (1,23 em 2014).
Já a
esperança de vida à nascença foi estimada em 80,41 anos, para o triénio
2013-2015, e continua a ser superior nas mulheres (83,23 anos, face a
77,36 nos homens).
Pelo segundo ano
consecutivo o índice sintético de fecundidade recuperou ligeiramente,
sendo de 1,30 filhos por mulher, refere o INE, sublinhado se se mantém
"a tendência de adiamento da idade à maternidade".
De
acordo com os dados, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro
filho foi de 30,2 anos e a idade média da mulher ao nascimento de um
filho foi de 31,7 anos (30,0 anos e 31,5 anos, respetivamente, em 2014).
A
taxa bruta de mortalidade foi de 10,5%, valor ligeiramente superior ao
de 2014 (10,1%). Já a taxa de mortalidade infantil foi de 2,9 óbitos por
mil nados vivos, semelhante ao valor registado em 2014.
A maioria (70,5%) das pessoas que morreu no ano passado tinha 75 ou mais anos (69,5%, em 2014).
Relativamente
ao número de casamentos, o INE refere que, pela primeira vez, desde
2010 se registou um aumento, totalizando 32.393 matrimónios, mais 915 do
que em 2014.
Já a idade média ao
casamento continuou a aumentar, situando-se em 36,3 anos para os homens e
33,8 anos para as mulheres (35,8 anos e 33,3 anos, respetivamente, em
2014).
* Números são números e como números devem ser interpretados, mas a "qualidade de vida" dos portugueses não está aqui referida.
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