HOJE NO
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Défice da balança comercial diminui
164 milhões em maio
Dados do INE revelam que exportações de bens registaram uma quebra de 0,7% mas as importações caíram ainda mais (3,6%).
Para este resultado contribui a descida de 10,1% na evolução do comércio extra-UE. Ainda assim, esta quebra é inferior à verificada em abril (-20,3%). No comércio intra-UE, as exportações aumentaram 2,7% (4,1% no mês anterior).
Os dados do INE indicam, no entanto, que se excluirmos os combustíveis e lubrificantes, o défice da balança comercial registou um acréscimo de 213 milhões de euros para 734 milhões de euros.
Excluindo estes produtos, as exportações aumentaram 2,2% mas as importações subiram 6,8%.
“Desde junho de 2015, as exportações e importações excluindo os Combustíveis e lubrificantes têm registado crescimentos superiores aos da totalidade das exportações e importações. Este diferencial de evolução reflete em larga medida o impacto da redução dos preços relativos dos Combustíveis e lubrificantes”, salienta a nota publicada pelo instituto.
A análise por grandes categorias económicas indica que tanto nas exportações como nas importações “destaca-se claramente a redução dos combustíveis e lubrificantes (respetivamente, -32,9% e -52,9%)” relativamente a maio de 2015.
Em sentido contrário, o INE evidencia o “aumento” das exportações de máquinas e outros bens de capital (9,8%) e das importações de material de transporte e acessórios (+12,3%) e de bens de consumo (+12,8%).
Já a análise por países revela que as maiores reduções homólogas registaram-se nas exportações para países como Angola e a Holanda. No primeiro caso, as vendas caíram 42,5% e no segundo 19,8%. Em sentido contrário, as maiores subidas verificaram-se para a Bélgica (17,3%), Reino Unido (+11,6%) e a China (7,2%).
No que toca às importações, as maiores descidas ocorreram também em Angola (-99,7%) e Estados Unidos (-39,7%) e Itália (-3,4%). Em sentido inverso, os países que registaram os maiores aumentos foram a China (+24,5), Alemanha (10,1%) e Reino Unido (9%).
O impacto do Brexit
No comunicado ontem divulgado, o INE faz um destaque em relação ao Reino Unido, afirmando que “ainda não conhecidos os moldes em que se poderá concretizar a saída da União Europeia, na sequência do referendo”.
No entanto, o organismo de estatística não tem dúvidas em referir que “um acesso diferenciado do Reino Unido ao Mercado Único Europeu, com o eventual estabelecimento de tarifas alfandegárias nas transações de bens, a desvalorização da libra face ao euro, o clime de incerteza, assim como a possível contração da economia e do consumo britânico, poderão afetar as exportações portuguesas”.
As exportações de bens para o Reino Unido atingiram os 3 350 milhões de euros em 2015, o que representa uma subida de 13,8% face a 2014.
Os dados do primeiro trimestre de 2016 revelam que as exportações para o Reino Unido registaram um aumento de 5,7% relativamente a igual período do ano passado. Neste período apenas as exportações para França e Espanha apresentaram aumentos superiores. Em termos globais, registou-se uma descida de 1,7%.
* As autoridades portuguesas apresentam mais um bom resultado, os burocratas de Bruxelas insistem em chular-nos, é para o que servem.
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