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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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José, Leonor e Pedro:
três 20 no exame de Matemática
Alunos da Secundária Aurélia de Sousa, no Porto, conseguiram a nota mais elevada.
Quarta-feira
de manhã, foram afixados os resultados dos exames nacionais do 12.º
ano. Depois de semanas e semanas de estudo, de horas dentro das salas,
do nervosismo habitual dos momentos dos estudos, chegaram as notas que
são como uma espécie de passaporte para entrar na universidade. De
preferência, no curso preferido.
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Na
Secundária Aurélia de Sousa, no Porto, a agitação habitual de quem
aguarda pelos resultados. Logo que as pautas são afixadas, concentram-se
os olhares naqueles papéis com nomes de alunos e classificações.
José
Luís Guimarães, 17 anos, colocou as mãos na cabeça quando uma
professora lhe disse que tinha 19,8 no exame de Matemática A do 12.º
ano. Tinha acabado de chegar à Secundária Aurélia de Sousa. Respirou
fundo e confirmou três vezes o 20 na pauta. "Estava à espera de 19 e ia
pedir recurso", revela, mas não vai. Na última pergunta, usou um
"raciocínio alternativo", que lhe parecia fazer sentido, temia porém que
esse esquema não estivesse enquadrado nos critérios. Não quis confirmar
e esperou pela nota. E ainda receou que uns tracinhos que tinha
colocado noutra resposta fossem motivo de anulação do exame. Não foi.
"Acabou por correr bem", diz satisfeito.
"O
que conta é o que está nos critérios, e não aceitam outros caminhos, o
que é...". Pensa um pouco e acrescenta "...o que é chato". Este ano,
mudou de método de estudo. "Menos em tempo, mais em qualidade". "Pratico
equitação e essas horas extras dão para descontrair e desanuviar a
cabeça". José Luís já ouviu conselhos para seguir Matemática, mas vai
candidatar-se a Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar, no Porto. Ainda não sabe a área que depois irá escolher. Está
indeciso entre medicina geral e familiar, psiquiatria ou investigação.
"Temos de ajustar a nossa escolha à realidade em que estamos inseridos",
comenta.
Pedro Monforte, 17 anos,
estava na mesma pauta de José Luís, também com um 20. São colegas de
escola, não da mesma turma. "Quando cheguei, disseram-me para ir ver o
meu 20 arredondado". Foi ver e confirmar. O 19,6 era um 20. Pedro estava
confiante, afinal o exame tinha sido "bastante simples". Não costuma
ficar nervoso nestas alturas. "Tinha confirmado com os critérios e tinha
quase tudo certo". Matemática nunca foi um bicho de sete cabeças. "Só
tem uma", brinca. "Os conhecimentos vêm com facilidade, não é difícil
para mim", garante. Engenharia Mecânica deverá ser o curso a escrever na
primeira opção. "Mas ainda não tenho bem a certeza", admite.
A
colega Leonor Meneses, 18 anos, já sabia da nota antes de chegar à
escola. Vinte na pauta a Matemática A. Esperava uma boa nota. O exame
correu bem, com o nervosismo habitual dos testes, e quando confirmou com
os critérios percebeu que poderia ter um excelente resultado. Assim
foi. "Matemática não é uma disciplina que dê muito lugar à interpretação
e subjetividade e identifico-me com isso". Passa uma professora e
Leonor ouve mais um sonoro "parabéns". O método? Exercícios e mais
exercícios, explicações de mês a mês para tirar dúvidas, atenção às
aulas. "Esta escola prepara bem os alunos para os exames". Testes que,
na sua opinião, devem fazer parte do calendário escolar. "São um bom
método para avaliar os alunos. Às vezes, desvalorizam-se e cede-se à
pressão, mas têm de existir".
Leonor tem 18,8 para concorrer à
universidade. Engenharia Industrial e Gestão é a primeira opção.
Engenharia Mecânica fica em segundo e Informática em terceiro, todos na
Universidade do Porto.
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