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Sanções conhecidas lá mais para o final do mês
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Mau desempenho no último ano de
. Passos abre caminho a sanções
A Comissão Europeia considera que Portugal não
fez o esforço suficiente para fechar o Procedimento dos Défices
Excessivos em 2015. As contas estavam bem até 2014, mas descarrilaram
depois. Tem início o processo sancionatório ao país.
A
Comissão Europeia deu hoje início ao processo de agravamento do
Procedimento dos Défices Excessivos a Portugal que culminará numa
proposta de sanções ao país lá mais para o final do mês. O Conselho de
Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) deverá apreciar e
adoptar a proposta na próxima reunião a 12 de Julho. E a partir daí
começam a contar os 20 dias limite para uma proposta de sanções, que
poderá chegar a 0,2% do PIB (360 milhões de euros) e uma suspensão
parcial de compromissos de fundos comunitários.
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No entender da
Comissão "a resposta de Portugal à recomendação" de 2013 – em que o
Conselho recomendou a conclusão do PDE até ao final de 2015, e um
esforço orçamental estrutural de 2,5 pontos percentuais do PIB entre
2013 e 2015 – "foi insuficiente", com o "esforço orçamental a ficar
significativamente abaixo do que foi recomendado pelo Conselho", lê-se
na proposta de recomendação divulgada a 07 de Julho, que analisa
exclusivamente o desempenho orçamental passado.
Na análise
cuidada às contas públicas portuguesas nesse período, a Comissão
Europeia sublinha que até Junho de 2014 as contas estavam em ordem, mas
que acabaram por descarrilar até ao final de 2015, isto apesar de
sucessivos avisos à navegação orçamental nos últimos orçamentos de Passos Coelho
e Maria Luís Albuquerque. Contas feitas, do esforço de 2,5 pontos
orçamentais de consolidação estrutural que era recomendado ao país,
Portugal conseguiu apenas 1,1 pontos, ou seja menos de metade.
"O esforço acumulado no saldo estrutural no período entre 2013 e
2015 está estimado em 1,1% do PIB, significativamente abaixo dos 2,5%
do PIB recomendados pelo Conselho", lê-se no documento. Mas a Comissão
vai ainda mais longe, argumentando que as receitas fiscais em 2013, 2014
e 2015 acabaram por crescer acima do que era expectável: ajustando a
esse efeito, até teria ocorrido um agravamento da situação orçamental em
termos estruturais.
O problema, dizem os técnicos de Bruxelas, foi um descarrilar das
contas no último ano de Passos Coelho, após a conclusão do programa de
ajustamento em Junho de 2014.
"O montante das medidas
implementadas até Junho de 2014 estava em linha com os objectivos do
programa de ajustamento macroeconómico", escreve a Comissão Europeia,
acrescentando que "a partir daí, o montante de medidas de consolidação
orçamental permanentes associadas aos objectivos orçamentais para 2014
foi sendo reduzido de forma significativa ao longo do tempo, de 2,3% do
PIB por altura do orçamento de 2014, para cerca de 1,5% do PIB na
projecção associada ao orçamento de 2015".
Perante esta redução
do esforço orçamental, a Comissão lembra ainda que avisou várias vezes o
anterior governo para o risco de não cumprir com a recomendação
europeia.
"Os riscos de não cumprimento" com a recomendação do
Conselho "foram sublinhados" várias vezes após 2013, escreve a Comissão
no documento, que lembra: "Em Julho de 2015, baseado na avaliação do
Programa de Estabilidade, a primeira depois da saída do programa de
ajustamento económico, o Conselho concluiu que havia o risco de Portugal
não cumprir com as provisões do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Igualmente, a opinião da Comissão sobre o esboço do Orçamento do Estado
para 2015 [conhecido no final de 2014] conclui que Portugal estava em
risco de não cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Em particular, a Comissão apontou para o risco em relação à correcção a
tempo do défice excessivo em 2015".
O documento, que irá agora
ser apreciado pelo Conselho de Ministros das Finanças União Europeia,
provavelmente na reunião de dia 12 de Julho, lembra ainda que, no final
de 2014, "a Comissão apontou para um insuficiente esforço estrutural
face à recomendação, indicando a necessidade de mais medidas de
consolidação estrutural para garantir uma redução sustentável e credível
do défice excessivo".
Sanções conhecidas lá mais para o final do mês
A recomendação
da Comissão terá agora de ser validada pelo Ecofin, o que deverá
acontecer na reunião de dia 12 de Julho. A partir dessa data, o
Governo tem 10 dias para apresentar argumentos para não ser sancionado; e
a Comissão tem 20 dias para propor sanções.
Portugal arrisca
dois tipos de penalizações: uma multa até 0,2% do PIB de 2015 (cerca de
360 milhões de euros), que pode no entanto ser de zero, após
considerados todos os efeitos mitigadores; e terá ainda de propor uma
suspensão parcial (no máximo de 50%) de compromissos de fundos
comunitários a partir de Janeiro de 2017.
Nas propostas, a
Comissão tem de levar em conta a situação económica do país e os
argumentos apresentados pelo país. Ou seja, se o início do processo
sancionatório resulta do desempenho passado, já a graduação das sanções
responderá também à avaliação que é feita das políticas actuais - a esse
respeito a Comissão lembra que o défice estrutural este ano deverá
agravar-se novamente, em 0,25%, o que contrasta com a recomendação de o
melhorar em 0,25%.
20 dias a contar a partir de dia 12 de Julho
atira a data limite para a proposta de sanções da Comissão para os
primeiros dias de Agosto. No entanto, é livre de o fazer em qualquer
momento após a apresentação dos argumentos do Governo. A Reuters avançou
há uma semana o dia 27 de Julho.
Após a proposta da Comissão de
suspensão de fundos, o Conselho tem um mês para a rejeitar. Também pode
rejeitar ou emendar a multa, e nesse caso tem dez dias para o fazer. É
sempre necessária uma maioria qualificada e em caso de silêncio por
parte dos ministros considera-se que as propostas da Comissão foram
adoptadas.
* Cheiram mal estas comunicações da Comissão, os comissários dos penhores andam aos papéis, inventam para sacar mais dinheiro. Que o sr. Passos Coelho foi um nabófilo na governação todos os portugueses sabem, todos não,os apaniguados das benesses acharam bem.
Mas o sr. Coelho "mai-lo" sr. Paulo foram bons serventuários dos patrões da sra.Merkel, portanto esta fantochada das sanções reflecte a consideração que aqueles senhores mereciam, nenhuma.
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