HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
ONG denunciam "verdades amargas"
por trás das frutas tropicais
Várias organizações não-governamentais (ONG) lançaram uma
campanha para denunciar violações dos direitos humanos nas plantações de
fruta tropical, alertando para o facto de fornecedores de hipermercados
como a cadeia alemã Lidl desrespeitarem os direitos laborais.
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Em Portugal, o projeto 'Fruta Tropical Justa', que envolve 19
parceiros de 17 Estados-membros da União Europeia, é coordenado pelo
Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) que lançou a petição 'Lidl,
queremos um jogo justo' para promover a melhoria das condições de vida e
económicas dos trabalhadores e o comércio justo.
Ana Mónica, técnica de projeto do IMVF, salientou que o Lidl faz parte do grupo Schwarz, a maior empresa de retalho da Europa, pelo que tem um impacto muito grande nas cadeias de abastecimento mundial.
“Qualquer mudança nas suas práticas vai-se refletir em todos os aspetos desta cadeia”, considerou, acrescentando que embora o Lidl já comercialize alguns produtos de comércio justo, “o que é positivo”, não o faz com a fruta tropical.
Um relatório da ONG internacional Oxfam Deutschland sobre a indústria da banana no Equador e do ananás na Costa Rica, designado 'Fruta doce, verdade amarga', atribui responsabilidades pelas condições desumanas nas plantações a vários supermercados alemães, entre os quais o Lidl, por forçarem a descida de preços pagos aos produtores e fornecedores.
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“Enquanto as cadeias de supermercados verificam meticulosamente o aspeto e aparência da fruta importada, recusando o fornecimento de grandes quantidades ao mais pequeno defeito, encaram os critérios sociais e ecológicos de forma menos séria”, critica a Oxfam, num resumo do relatório divulgado pelo IMVF.
A Oxfam aponta ainda “diversas violações aos direitos humanos e direitos laborais na indústria do ananás na Costa Rica e na indústria da banana no Equador”, além do uso intensivo de pesticidas que prejudicam os trabalhadores das plantações e das pessoas que habitam nas proximidades.
Entre as 20 plantações investigadas no Equador, a Oxfam destaca o caso da empresa Matías, fornecedora do Lidl, na qual 90% dos trabalhadores declararam não querer formar um sindicato por medo de represálias.
Na Costa Rica, os trabalhadores filiados nos sindicatos são frequentemente afastados – como na Agricola Agromonte, que produz para as cadeias alemãs Lidl, Edeka e Rewe.
Também na Costa Rica, os trabalhadores da Finca Once, que fornece o Lidl e na Agricola Agromonte, que abastece o Aldi, Edeka e Rewu relataram condições laborais precárias.
A Lusa contactou o Lidl e aguarda um comentário.
Ana Mónica, técnica de projeto do IMVF, salientou que o Lidl faz parte do grupo Schwarz, a maior empresa de retalho da Europa, pelo que tem um impacto muito grande nas cadeias de abastecimento mundial.
“Qualquer mudança nas suas práticas vai-se refletir em todos os aspetos desta cadeia”, considerou, acrescentando que embora o Lidl já comercialize alguns produtos de comércio justo, “o que é positivo”, não o faz com a fruta tropical.
Um relatório da ONG internacional Oxfam Deutschland sobre a indústria da banana no Equador e do ananás na Costa Rica, designado 'Fruta doce, verdade amarga', atribui responsabilidades pelas condições desumanas nas plantações a vários supermercados alemães, entre os quais o Lidl, por forçarem a descida de preços pagos aos produtores e fornecedores.
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“Enquanto as cadeias de supermercados verificam meticulosamente o aspeto e aparência da fruta importada, recusando o fornecimento de grandes quantidades ao mais pequeno defeito, encaram os critérios sociais e ecológicos de forma menos séria”, critica a Oxfam, num resumo do relatório divulgado pelo IMVF.
A Oxfam aponta ainda “diversas violações aos direitos humanos e direitos laborais na indústria do ananás na Costa Rica e na indústria da banana no Equador”, além do uso intensivo de pesticidas que prejudicam os trabalhadores das plantações e das pessoas que habitam nas proximidades.
Entre as 20 plantações investigadas no Equador, a Oxfam destaca o caso da empresa Matías, fornecedora do Lidl, na qual 90% dos trabalhadores declararam não querer formar um sindicato por medo de represálias.
Na Costa Rica, os trabalhadores filiados nos sindicatos são frequentemente afastados – como na Agricola Agromonte, que produz para as cadeias alemãs Lidl, Edeka e Rewe.
Também na Costa Rica, os trabalhadores da Finca Once, que fornece o Lidl e na Agricola Agromonte, que abastece o Aldi, Edeka e Rewu relataram condições laborais precárias.
A Lusa contactou o Lidl e aguarda um comentário.
* As grandes empresas de distribuição alimentar da Europa e dos USA não sobreviveriam se recusassem receber produtos de fornecedores esclavagistas que fazem fortunas em países pobres.
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