HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Quase metade dos jovens
já bebeu só para ficar bêbado
Novo estudo confirma maior prevalência de consumo de álcool, seguindo-se o tabaco e as drogas ilícitas
A
embriaguez ligeira foi o comportamento de maior nocividade mais
declarado nos últimos 12 meses (63%), seguindo-se o consumo "binge",
aquele em que se bebe de forma excessiva num curto espaço de tempo (47%)
e a embriaguez severa (30%). Quer isto dizer que quase metade dos
jovens já bebeu só para ficar embriagado.
.
.
Esta
é uma das conclusões do estudo sobre comportamentos aditivos aos 18
anos, realizado aos jovens que chegaram à maioridade em 2015 e que foram
convocados para o Dia da Defesa Nacional. Tal como em estudos
anteriores, este confirma maior prevalência de consumo de álcool,
seguindo-se o tabaco, as drogas ilícitas - entre as quais se destaca a
cannabis - e os tranquilizantes/sedativos sem prescrição médica.
Relativamente
à experimentação (prevalência ao longo da vida), 88% dos jovens referem
ter consumido álcool, 62% tabaco, 31% substâncias ilícitas e 7%
tranquilizantes/sedativos. Entre as drogas ilícitas, a cannabis é, de
longe, a substância mais consumida (29%). Ainda assim, 10% dos
inquiridos consumiram outra substância ilícita que não cannabis.
Quanto
ao consumo recente (últimos 12 meses) de álcool, este foi assumido por
83% dos jovens, o de tabaco por 52%, o de substâncias ilícitas por 24% e
o de tranquilizantes por 5%. Entre as drogas ilícitas, a cannabis é, de
longe, a substância mais consumida (23%). Ainda assim, 7% dos
inquiridos consumiram outra substância ilícita que não cannabis.
.
.
No
que respeita ao consumo atual (nos últimos 30 dias), 65% dos jovens
beberam bebidas alcoólicas, 43% fumaram tabaco, 15% consumiram drogas e
3% tranquilizantes. Entre as drogas ilícitas, a cannabis é, de longe, a
substância mais consumida (15%). Ainda assim, 4% dos inquiridos
consumiram outra substância ilícita que não cannabis.
Os consumos são mais expressivos entre os
rapazes do que entre as raparigas, exceto no caso dos
tranquilizantes/sedativos sem prescrição médica, onde os valores são
semelhantes. A diferença entre sexos é maior no caso das drogas ilícitas
do que no caso de álcool e tabaco, sobretudo no consumo atual (sexo
feminino - 10%, sexo masculino - 20%).
A
nível regional, o estudo destaca que existe maior consumo de álcool e
tabaco no Alentejo, de drogas ilícitas no Algarve e
tranquilizantes/sedativos sem prescrição médica nos Açores, quer no que
respeita à experimentação, ao consumo recente e ao consumo atual.
Tendo
em conta a frequência, o consumo é mais ocasional do que frequente,
sendo que o tabaco é a substancia aditiva mais consumida (47% fuma
diariamente ou quase).
.
.
Ainda no último ano, 21% dos inquiridos
associaram o consumo de mais do que uma substância psicoativa na mesma
ocasião, sendo as associações mais comuns as de álcool com bebidas
energéticas e de álcool com derivados de cannabis.
Mais
uma vez, destaca-se o Alentejo e a Madeira como as regiões onde o
policonsumo de substâncias psicoativas na mesma ocasião é maior e menor,
respetivamente.
Apenas uma minoria sentiu problemas nos últimos 12 meses decorrentes do consumo de álcool (7%) ou de drogas ilícitas (4%).
O
consumo de álcool surge mais associado a problemas relacionados com a
condução, com atos de violência ou conduta desordeira e com relações
sexuais desprotegidas, enquanto o consumo de drogas ilícitas aparece
mais associado a problemas financeiros, comportamentos em casa ou
rendimento na escola ou no trabalho.
Internet
Quanto
ao uso de internet, quase todos os jovens (97%) usam-na para aceder a
redes sociais, 54% para jogar e apenas 15% para jogos de apostas, sendo
que apenas uma minoria usa internet para estes fins por mais do que
quatro horas diárias.
Relativamente às
zonas de residência, são os moradores nas regiões Centro, Alentejo e
Lisboa que mais usam a Internet para aceder às redes sociais, ao passo
que os dos Açores são os que mais a usam para jogar e fazer apostas.
O
inquérito teve como população alvo os jovens que completaram 18 anos em
2015 e que foram convocados para o Dia da Defesa Nacional, tendo
caracterizado 70.646 jovens em relação a comportamentos aditivos.
* Sem qualquer tipo de censura desejamos que os nossos rapazes e raparigas percebam rapidamente que excesso de alcool, consumo de tabaco e droga, não servem para divertir mas para escravizar.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário