HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Governo exonera presidentes das
CCDR do Norte e do Algarve
O
ministro do Planeamento e das Infraestruturas decidiu esta quinta-feira
exonerar os presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento
regional (CCDR) do Norte e do Algarve.
Conforme
adiantou o JN esta quarta-feira, o presidente da CCDR do Norte, Emídio
Gomes, é exonerado do cargo pelo ministro Pedro Marques após a polémica
em torno da assinatura dos planos estratégicos de desenvolvimento urbano
(PEDU).
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O Governo justifica agora a
decisão, numa nota enviada ao JN, com o "incumprimento reiterado das
orientações da tutela sobre matérias inerentes ao exercício das suas
funções".
O novo presidente terá carta
branca para gerir o processo. Até ser confirmado o sucessor, Emídio
Gomes poderá ser substituído temporariamente pelo vice-presidente Carlos
Neves.
A saída do presidente,
noticiada na edição desta quinta-feira do JN, estava prevista para a
próxima semana, mas o Governo precipitou a exoneração dado o desgaste
provocado pela polémica.
Francisco Serra no Algarve
Já
o presidente da CCDR do Algarve, David Santos, "é exonerado por não
estarem reunidas as condições necessárias para a observação das
orientações superiormente emanadas". O professor universitário Francisco
Serra deverá ocupar o lugar, apurou o JN junto de fonte ligada ao
processo.
David Santos foi, em janeiro
deste ano, eleito líder da distrital do PSD. E esta estrutura
apresentou, no congresso do partido, uma moção para a regionalização.
Além disso, a distrital terá utilizado publicamente informação
privilegiada da CCDR sobre os contratos de emprego e inserção.
"O
Governo iniciou de imediato os procedimentos administrativos para a
substituição dos responsáveis daquelas entidades, ciente de que as CCDR
são organismos de importância crucial para a prossecução das políticas
públicas de desenvolvimento regional".
Recorde-se
que Emídio Gomes recusou acatar a ordem do Governo no sentido de
publicar o aviso de concurso para as verbas do pacote extra de 20
milhões, no âmbito do PEDU, cujos montantes foram diretamente negociados
pelos governantes com os autarcas do Porto, de Gaia, de Matosinhos e
Gondomar que recusaram esta semana assinar os contratos para o
desenvolvimento urbano. Tudo porque o ainda líder da CCDR-N decidiu, na
véspera da assinatura, enviar-lhes um novo mapa, em que reduz as
respetivas verbas para poder contemplar os outros municípios da região.
* Um presidente dum organismo público só tem de obedecer à tutela.
* Um presidente dum organismo público só tem de obedecer à tutela.
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