18/05/2016

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

"Vice" de Marinho e Pinto suspeito
 de raptar empresário

Foram sete pessoas detidas na megaoperação da Polícia Judiciária, por suspeitas de envolvimento no rapto e homicídio do empresário de 42 anos, João Paulo Fernandes, que foi raptado no dia 11 de março, em Braga. 
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Entre os detidos está o advogado Pedro Grancho Bourbon, secretário-geral do Partido Democrático e Republicano (PDR), liderado por Marinho e Pinto. Também o irmão do advogado, Manuel Grancho Bourbon, foi detido. Pedro Grancho Bourbón é um grande amigo de Marinho e Pinto. Num dos mandatos de Marinho e Pinto como bastonário, Bourbón integrou a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados. O advogado foi ainda cabeça de lista em Braga nas últimas eleições legislativas.

Segundo avança a PJ, o empresário terá sido assassinado pelos suspeitos, que são advogados e empresários com idades entre os 27 e os 41 anos. As detenções foram feitas na zona do Porto e em Braga, onde a Polícia Judiciária fez 15 buscas. A Polícia Judiciária investiga a tese de homicídio e acredita que o empresário tenha sido morto poucas horas depois de ter sido raptado. O cadáver ainda não foi encontrado.

João Paulo Fernandes, de 42 anos, foi raptado no dia 11 de março, em Braga. O empresário foi levado à força por dois homens encapuzados e armados com caçadeiras, quando entrava na garagem do prédio onde tem um apartamento, em Lamaçães. Estava acompanhado da filha de 8 anos, única testemunha do rapto. A menina pediu ajuda na farmácia do edifício e contou que o pai tinha sido agredido e forçado a entrar num Mercedes. 

O rapto aconteceu há um mês e até agora nem raptores nem vítima estabeleceram qualquer contacto com a família. Ajuste de contas A Polícia Judiciária do Porto, que desde a altura do crime lidera a investigação, mantinha todos os cenários em aberto. A PJ admitia a possibilidade de João Paulo Fernandes ter sido raptado num ajuste de contas relacionado com cobrança de dívidas. Os inspetores centraram a investigação nos negócios do empresário de 42 anos, que trabalhava em Bordéus, França, há cerca de dois anos, e que deixou dívidas de 3,6 milhões de euros após a falência da empresa de climatização que administrava, em Braga. 

Os negócios do pai, um empreiteiro bracarense também falido, foram igualmente passados a pente fino. Em 2011, depois de várias ameaças e episódios de agressões, toda a família de João Paulo Fernandes refugiou-se na Madeira. Os pais, assim como os irmãos do empresário têm colaborado com a investigação.

* É muita falta de dignidade associar o nome de Marinho e Pinto à notícia, não é jornalismo.


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