HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
PSD quer que executivo se preocupe
. "mais em governar"
O PSD
manifestou, esta quarta-feira, "satisfação" pela ausência de sanções a
Portugal pela Comissão Europeia, desejando que "os portugueses não sejam
obrigados a pagar a irresponsabilidade" deste executivo", que se deve
"preocupar mais em Governar e menos em sobreviver".
"O
PSD olha com satisfação para a circunstância de não ter sido aplicada
nenhuma sanção a Portugal, que considerávamos que era absolutamente
desadequado e injusto", disse o líder da bancada parlamentar do PSD,
Luís Montenegro, à entrada para uma reunião com a Confederação Nacional
do Turismo, quando questionado sobre as decisões hoje conhecidas da
Comissão Europeia em relação ao défice.
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Sobre
o primeiro-ministro ter recusado já hoje que sejam necessárias "medidas
adicionais" para cumprir o défice abaixo dos 3%, Luís Montenegro
destacou que António Costa "já disse tudo e o seu contrário sobre as
medidas adicionais" e por isso não valoriza aquilo que tem sido as suas
intervenções.
"Aquilo que eu desejo é
que os portugueses não sejam obrigados a pagar a irresponsabilidade das
decisões deste Governo com mais impostos, com uma carga de restrição
maior", apelou, considerando que "está mais do que na altura deste
Governo afirmar a sua política, de se preocupar mais em Governar e menos
em sobreviver".
Em Bruxelas, o
comissário europeu para os Assuntos Económicos, o francês Pierre
Moscovici, anunciou que a Comissão Europeia decidiu propor "mais um ano,
e apenas mais um ano" a Portugal para colocar o seu défice abaixo dos
3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O
colégio de comissários manteve o país sob Procedimento por Défice
Excessivo (PDE), recomendando ao Governo que avance com uma correção
duradoura do défice até 2017 e prometendo voltar a olhar para a situação
do país em julho.
O líder da bancada
parlamentar social-democrata apelidou ainda o atual de Governo de
"felizardo" por ter herdado um défice de 3%, desejando ao país e aos
portugueses que o executivo "possa ser diligente no sentido de manter
uma trajetória positiva de se ter em Portugal reformas estruturais que
sustentam o crescimento da economia e que sustentam a consolidação das
contas públicas".
"Os portugueses não
querem e não merecem pagar com mais impostos, mais dívida e mais despesa
excessiva eventuais erros de governação. Isso deve ser evitado e é esse
o desafio que está diante deste Governo, com as dúvidas que são
suscitadas, mas nós não desejamos o mal os portugueses. Nós queremos
mesmo que o país seja capaz de cumprir essas metas, apesar das dúvidas
que temos", insistiu.
Para Luís
Montenegro, "a perspetiva do primeiro-ministro tem sido tão errática"
que não "parece ter muita credibilidade", considerando que é preciso
"aguardar pela execução do orçamento".
"Já
sabemos que o senhor primeiro-ministro se vai adaptar às circunstâncias
que tem em cada momento. É assim que ele tem feito, mais ou menos como
nas 35 horas [de trabalho semanal]", atirou ainda.
O
líder do PSD destacou também o "esforço notável para diminuir o défice"
que os portugueses fizeram nos últimos anos, um "esforço coletivo que
não teria nenhuma justificação de ser suscetível da aplicação de
qualquer sanção que pudesse discriminar negativamente o nosso país".
"Nós
entendemos que está na mãos do Governo poder responder aquilo que é a
perspetiva de concretização dos objetivos e das metas que estão
traçados", responsabilizou, evidenciando as várias dúvidas, incertezas e
riscos acerca da estratégia do Governo que tem sido anotadas por
diferentes entidades.
* Não entendemos a dialética. Este governo, não votámos nele, confronta Bruxelas várias vezes, recupera na medida do possível poder de compra, dá mais igualdade a cidadãos, baixa impostos sobre rendimento, aguenta com as distorções do anterior governo, que se agachou tanto com a troika que se viram os fundilhos manchados da trampa que fez.
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