HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
BdP não informou Governo
porque "não podia"
O governador do Banco de Portugal (BdP) disse hoje que a
entidade não informou o Governo sobre uma proposta que fez para o Banif
numa reunião do Conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE)
porque "não podia".
.
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"O Banco de Portugal não informou o Governo nem o podia fazer",
declarou Carlos Costa, que falava na intervenção inicial da sua audição
desta manhã na comissão parlamentar de inquérito sobre o Banif, onde
está a ser ouvido pela segunda vez.
E concretizou: "O BdP não informou o Governo de que tinha apresentado esta proposta ao Conselho do BCE, nem o podia fazer. De facto, os membros do Conselho do BCE não podem, por imposição das normas do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do seu Código de Conduta, divulgar ou discutir previamente com as autoridades nacionais as questões a decidir pelo Conselho, nomeadamente as questões que digam respeito ao exercício do mandato do BCE em matérias de política monetária".
O Governo acusou, recentemente, o BdP de ter cometido uma "falha de informação grave" na resolução do problema do Banif, ao ter omitido que pediu ao BCE para limitar o financiamento àquela instituição financeira.
Em declarações ao Público, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, alegou não só desconhecimento da iniciativa do BdP junto do supervisor de Frankfurt, como a qualificou de "falha de informação grave".
Segundo o Público, o governador do BdP, Carlos Costa, sugeriu ao Banco Central Europeu (BCE) que limitasse o acesso do Banif à liquidez do Eurosistema, ao mesmo tempo que pedia ao executivo português para encontrar forma de garantir dinheiro para o banco.
Face a estas declarações, a entidade liderada por Carlos Costa sublinhou que "a confidencialidade dos documentos preparatórios e das propostas a discutir no Conselho é uma condição inseparável do princípio da independência estabelecido no artigo 130.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia".
Hoje, na comissão de inquérito, Carlos Costa reiterou essa ideia de confidencialidade e independência, razão pela qual não informou o executivo: "A confidencialidade dos documentos preparatórios e das propostas a discutir no Conselho [de governadores] é uma condição inseparável do princípio da independência", vincou o governador.
A comissão de inquérito ouve hoje, pela segunda vez, o governador do BdP e o ministro das Finanças, depois de algumas trocas de acusações.
* O BdP funciona tipo "república da pústula" dentro da República Portuguesa.
E concretizou: "O BdP não informou o Governo de que tinha apresentado esta proposta ao Conselho do BCE, nem o podia fazer. De facto, os membros do Conselho do BCE não podem, por imposição das normas do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do seu Código de Conduta, divulgar ou discutir previamente com as autoridades nacionais as questões a decidir pelo Conselho, nomeadamente as questões que digam respeito ao exercício do mandato do BCE em matérias de política monetária".
O Governo acusou, recentemente, o BdP de ter cometido uma "falha de informação grave" na resolução do problema do Banif, ao ter omitido que pediu ao BCE para limitar o financiamento àquela instituição financeira.
Em declarações ao Público, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, alegou não só desconhecimento da iniciativa do BdP junto do supervisor de Frankfurt, como a qualificou de "falha de informação grave".
Segundo o Público, o governador do BdP, Carlos Costa, sugeriu ao Banco Central Europeu (BCE) que limitasse o acesso do Banif à liquidez do Eurosistema, ao mesmo tempo que pedia ao executivo português para encontrar forma de garantir dinheiro para o banco.
Face a estas declarações, a entidade liderada por Carlos Costa sublinhou que "a confidencialidade dos documentos preparatórios e das propostas a discutir no Conselho é uma condição inseparável do princípio da independência estabelecido no artigo 130.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia".
Hoje, na comissão de inquérito, Carlos Costa reiterou essa ideia de confidencialidade e independência, razão pela qual não informou o executivo: "A confidencialidade dos documentos preparatórios e das propostas a discutir no Conselho [de governadores] é uma condição inseparável do princípio da independência", vincou o governador.
A comissão de inquérito ouve hoje, pela segunda vez, o governador do BdP e o ministro das Finanças, depois de algumas trocas de acusações.
* O BdP funciona tipo "república da pústula" dentro da República Portuguesa.
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