HOJE NO
"OBSERVADOR"
Colégios incentivados por associação do setor a contestar em tribunal novas regras
A Associação Movimento de Escolas com Ensino Público Contratualizado
(MEPEC) pediu esta quinta-feira às escolas que equacionem o recurso aos
tribunais para contestarem o novo despacho de matrículas e frequências
escolar, que os privados dizem violar os contratos assinados.
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Na
mesma linha da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e
Cooperativo (AEEP), a MEPEC defendeu em comunicado que o despacho
assinado pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra
Leitão, “consubstancia uma violação grosseira e unilateral dos contratos
de associação em execução, plurianuais, celebrados entre as escolas e o
Estado, em resultado de um concurso público concluído em agosto do ano
passado e com vigência em 2015-2016, 2016-2017 e 2017-2018”.
Para além de anunciar pedidos de audiência ao primeiro-ministro,
grupos parlamentares, Procuradoria-Geral da República e Provedor de
Justiça, a associação pediu ainda às escolas para avaliarem de que
formas podem recorrer aos tribunais para travar a aplicação deste
normativo, disponibilizando-se para prestar ajuda técnica aos
estabelecimentos que decidam avançar.
O movimento, de escolas
privadas, vai ainda lançar uma petição pública “que pugna no sentido do
cumprimento da Constituição da República Portuguesa, ancorada no
princípio da igualdade de todos os alunos no âmbito de um serviço
público, universal e gratuito”.
O Ministério da Educação tem
rebatido publicamente as acusações dos colégios, afirmando que os
contratos plurianuais de financiamento assinados serão respeitados, e
que apenas não será permitida a abertura de novas turmas em início de
ciclo escolar em zonas onde haja oferta pública de ensino.
A
Federação Nacional de Educação alertou na passada semana para a
possibilidade de este normativo provocar desemprego no setor privado,
mas o Ministério da Educação “não considera compreensível” a associação
do eventual desemprego àquilo que diz ser o cumprimento da lei em vigor.
Os
contratos de associação, assinados entre o Estado e os colégios
privados, baseiam-se desde 2015 num novo modelo de financiamento —
plurianual, vigentes por três anos. Foram criados para garantir que
nenhum aluno abrangido pela escolaridade obrigatória fique impedido de
frequentar a escola por falta de oferta na rede pública de ensino.
* Na saúde, na banca, no ensino, os "empreendedores" privados não sobrevivem sem a "mama" do Estado, uns pindéricos.
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