ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Cuequinhas de 8 bits a conquistar
o mundo um bit de cada vez
Produzem em Guimarães mas 95% das vendas é
feita no exterior. Agora querem conquistar o Oriente. Seguem hoje para
Hong-Kong.
Depois de uma noite colado à consola de
jogos, Sebastião Teixeira sonhou com cuecas pixelizadas. Mal acordou,
desenhou o primeiro modelo do que viriam a ser as Pixel Panties. A ideia
tem potencial, achou Cesária Martins, na época colega na agência de
branding Ivity e hoje sua sócia, e o mesmo o disseram os investidores na
plataforma de crowdfunding Indiegogo lhes entregaram 21,8 mil dólares. O
dobro do pitch inicial de 12,5 mil dólares.
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Desde novembro vendem online no site da marca: 95% da produção segue para cerca de 30 países, dos quais 75% para os Estados Unidos. Tudo made in Portugal. E este sábado embarcam rumo a Hong-Kong, na China. O primeiro carimbo no passaporte num roadshow de um mês com paragem em Xangai e Japão onde querem fazer o push da coleção de verão da marca Maison Pixel. “Queremos compreender bem como vamos lidar com este mercado. Sabemos pelas vendas online que tem um potencial elevado. Temos de ver se vamos avançar para o retalho ou se vendemos online e em que canal”, explica Sebastião Teixeira.
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Desde novembro vendem online no site da marca: 95% da produção segue para cerca de 30 países, dos quais 75% para os Estados Unidos. Tudo made in Portugal. E este sábado embarcam rumo a Hong-Kong, na China. O primeiro carimbo no passaporte num roadshow de um mês com paragem em Xangai e Japão onde querem fazer o push da coleção de verão da marca Maison Pixel. “Queremos compreender bem como vamos lidar com este mercado. Sabemos pelas vendas online que tem um potencial elevado. Temos de ver se vamos avançar para o retalho ou se vendemos online e em que canal”, explica Sebastião Teixeira.
É em Guimarães, com tecidos vindos de
Itália, que são produzidas as cuequinhas pixelizadas com nomes como Game
Boy Grey, Zx Spectrum Cyan ou Mario Fiery Red. No início mal conseguiam
responder às encomendas. E vinham dos sítios mais inesperados. “Mal
tínhamos obtido o financiamento no crowdfunding tivemos um pedido de 300
peças do The Doctors, talk show da CBS, que queria distribuir as peças
ao público”, conta Sebastião Teixeira. Artigos na Playboy americana, no
Mashable ou no Huffington Post certamente terão ajudado a criar o buzz
em torno da marca portuguesa nos Estados Unidos. Mas não só. De Seul, na
Coreia do Sul, receberam um pedido para 40 peças. Motivo? “Uma festa
temática numa discoteca com Pixel Panties”, conta. Recentemente, “fomos
abordados por uma empresa de comics americana para uma possível
parceria”.
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“As peças apelam pela sua estranheza. Pela
ilusão de roupa pixelizada no corpo”, considera. O que apela a um
público que cresceu, tal como Sebastião e Cesária, ambos com 35 anos,
com os videojogos. “Nunca se jogou tantos videojogos como hoje. E há
muitas raparigas que jogam. Este tipo de roupa apela a esse público”,
defende. E a partir do verão deverão ter mais opções. No Salon
Internacional de La Lingerie, em Paris, foi apresentada a nova coleção
da Maison Pixel. A DIR tem peças como T-shirts, linha de banho, casacos e
sapatos feitos à mão. “Estávam loucos pelos sapatos, porque de facto
têm muita qualidade.”
É essa coleção que Sebastião e Cesária vão
também mostrar no roadshow pelo Oriente. A primeira reunião em Hong-Kong
é, de resto, com dois potenciais compradores que conheceram em Paris. A
expectativa é que consigam encomendas que garantam um volume mínimo
para arrancar com vendas mais alargadas junto ao target que já compra as
Pixel Panties: jovens dos 16 a mais de 30 anos. E não são apenas
mulheres que compram as cuecas pixelizadas. No Dia dos Namorados, 80%
das encomendas foi feita por homens.
São as mulheres, no entanto, que partilham na conta de Instagram, com os
41,3 mil seguidores da marca na rede social, fotografias vestindo as
suas Pixel Panties. Isto, num ambiente onde os trolls digitais não são
bem-vindos.
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A marca quer passar uma mensagem de força feminina, mas também tem uma preocupação social e ecológica na sua origem. Trabalham com fábricas onde não há trabalho infantil e há preocupações com o meio ambiente. Mais. Por cada venda feita online, um euro reverte a favor de uma ONG que apoia crianças em África. “Só com as vendas online no último trimestre conseguimos ajudar 150 miúdas a ter um ano de escola”, revela Sebastião Teixeira. Apoio que querem manter. “É assim hoje e para sempre. Incluímos logo esse valor no preço do produto”, explica.
* A inteligência lusitana em grande "pixelada"!
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A marca quer passar uma mensagem de força feminina, mas também tem uma preocupação social e ecológica na sua origem. Trabalham com fábricas onde não há trabalho infantil e há preocupações com o meio ambiente. Mais. Por cada venda feita online, um euro reverte a favor de uma ONG que apoia crianças em África. “Só com as vendas online no último trimestre conseguimos ajudar 150 miúdas a ter um ano de escola”, revela Sebastião Teixeira. Apoio que querem manter. “É assim hoje e para sempre. Incluímos logo esse valor no preço do produto”, explica.
* A inteligência lusitana em grande "pixelada"!
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