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O primeiro ataque surge a propósito da
intervenção de António Costa junto da empresária angolana Isabel dos
Santos para resolver o problema do BPI. Passos atacou Costa pela
interferência que considerou abusiva, Marcelo pôs-se ao lado do
primeiro-ministro. E agora é Rio quem vem em defesa do socialista,
deixando o líder do PSD mais isolado.
O ex-vice-presidente do PSD acha que o primeiro-ministro e o Presidente fizeram bem em "influenciar" o futuro da banca nacional. Para Rui Rio, o "valor estratégico muito grande" do setor bancário é justificação suficiente para esta intervenção. "O poder político, podendo, deve interferir e influenciar as grandes questões estratégicas para o país ", considera o antigo autarca do Porto.
O tema serve ainda para uma segunda farpa. É que se Passos tem feito da "social-democracia sempre" o novo lema da liderança que será confirmada neste Congresso, Rio vê nestas posições do líder do PSD um posicionamento ideológico liberal pouco compatível com essa proclamação.
"Se calhar não é assim para um liberal, mas tenho uma perspetiva social-democrata", atirou.
Banif e Novo Banco separam Rio de Passos
Na questão do Banif, o economista também se afasta da posição de Passos Coelho, atirando culpas à Europa pela forma como conduziu o processo, num posicionamento mais alinhado com António Costa do que com o da liderança do PS?
"Foram 3 mil milhões num fim de semana, é disto que estamos a falar", disse à TSF, assegurando que se juntará às vozes que estão contra a espanholização da banca nacional.
"Há aqui uma certa hipocrisia quando não entraram soldados, mas entram instâncias europeias a dizer: esse banco é para ali e façam favor de por os contribuintes portugueses a pagar", sublinhou.
O dossier Novo Banco é outro tópico usado por Rui Rio para se afastar de Passos. Se o líder do PSD nem quer ouvir falar em nacionalização, o antigo autarca não lhe fecha a porta e defende que o banco não pode ser vendido à pressa.
"Não me choca nada capitalizar o Novo Banco com dinheiro público, para ficar em condições de ser bem vendido. Se quiserem chamar a isso nacionalização do NB chamem, não me choca nada. Não tenho preconceitos ideológicos", afirmou o social-democrata que não irá ao Congresso para não ser acusado de roubar o palco a Passos.
Para Rui Rio, de resto, é preciso bater o pé à Europa, que forçou uma venda rápida do Banif ao Santander prejudicial ao país. "Foram 3 mil milhões num fim de semana, é disto que estamos a falar" - diz o economista, que andou a rever as últimas contas do banco e lembra que ele valia 675 milhões poucos meses antes da venda. "Há aqui uma certa hipocrisia quando não entraram soldados, mas entram instâncias europeias a dizer: esse banco é para ali e façam favor de por os contribuintes portugueses a pagar".
Na entrevista à TSF, o ex-autarca explica também porque não vai ao Congresso: "Se eu lá fosse ainda me arriscava a ser um elemento central do congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar."
* Com esta música Rui Rio está a fazer a cama a Passos Coelho. Ironia do destino, Passos Coelho ganhou as eleições legislativas em Outubro/2015 mas ninguém lhe dá importância, parece que está nos cuidados continuados da política.
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Rio ataca Passos à distância
Rui Rio decidiu não ir ao Congresso do PSD este
fim-de-semana em Espinho, mas não resistiu a lançar farpas a Pedro
Passos Coelho, numa entrevista à TSF. E até avança com uma defesa
polémica da nacionalização do Novo Banco.
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O ex-vice-presidente do PSD acha que o primeiro-ministro e o Presidente fizeram bem em "influenciar" o futuro da banca nacional. Para Rui Rio, o "valor estratégico muito grande" do setor bancário é justificação suficiente para esta intervenção. "O poder político, podendo, deve interferir e influenciar as grandes questões estratégicas para o país ", considera o antigo autarca do Porto.
O tema serve ainda para uma segunda farpa. É que se Passos tem feito da "social-democracia sempre" o novo lema da liderança que será confirmada neste Congresso, Rio vê nestas posições do líder do PSD um posicionamento ideológico liberal pouco compatível com essa proclamação.
"Se calhar não é assim para um liberal, mas tenho uma perspetiva social-democrata", atirou.
Banif e Novo Banco separam Rio de Passos
Na questão do Banif, o economista também se afasta da posição de Passos Coelho, atirando culpas à Europa pela forma como conduziu o processo, num posicionamento mais alinhado com António Costa do que com o da liderança do PS?
"Foram 3 mil milhões num fim de semana, é disto que estamos a falar", disse à TSF, assegurando que se juntará às vozes que estão contra a espanholização da banca nacional.
"Há aqui uma certa hipocrisia quando não entraram soldados, mas entram instâncias europeias a dizer: esse banco é para ali e façam favor de por os contribuintes portugueses a pagar", sublinhou.
O dossier Novo Banco é outro tópico usado por Rui Rio para se afastar de Passos. Se o líder do PSD nem quer ouvir falar em nacionalização, o antigo autarca não lhe fecha a porta e defende que o banco não pode ser vendido à pressa.
"Não me choca nada capitalizar o Novo Banco com dinheiro público, para ficar em condições de ser bem vendido. Se quiserem chamar a isso nacionalização do NB chamem, não me choca nada. Não tenho preconceitos ideológicos", afirmou o social-democrata que não irá ao Congresso para não ser acusado de roubar o palco a Passos.
Para Rui Rio, de resto, é preciso bater o pé à Europa, que forçou uma venda rápida do Banif ao Santander prejudicial ao país. "Foram 3 mil milhões num fim de semana, é disto que estamos a falar" - diz o economista, que andou a rever as últimas contas do banco e lembra que ele valia 675 milhões poucos meses antes da venda. "Há aqui uma certa hipocrisia quando não entraram soldados, mas entram instâncias europeias a dizer: esse banco é para ali e façam favor de por os contribuintes portugueses a pagar".
Na entrevista à TSF, o ex-autarca explica também porque não vai ao Congresso: "Se eu lá fosse ainda me arriscava a ser um elemento central do congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar."
* Com esta música Rui Rio está a fazer a cama a Passos Coelho. Ironia do destino, Passos Coelho ganhou as eleições legislativas em Outubro/2015 mas ninguém lhe dá importância, parece que está nos cuidados continuados da política.
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