29/03/2016

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HOJE NO 
  "JORNAL DE NEGÓCIOS"
BPI tomba mais de 7% com fim 
das negociações entre 
Isabel dos Santos e CaixaBank

Esta foi a primeira sessão após o anúncio do fim das negociações entre Isabel dos Santos e o CaixaBank. As acções do banco liderado por Fernando Ulrich caíram mais de 7% durante a sessão.
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Na última quinta-feira, 24 de Março, o banco espanhol CaixaBank, o maior accionista do BPI, informou que terminou as negociações para tentar comprar a posição da Santoro no BPI, sem que tenha sido possível um acordo com a empresa detida pela angolana Isabel dos Santos. 

Esta terça-feira, 29 de Março, foi a primeira sessão que os títulos do banco português negociaram após a ruptura nas negociações. E a reacção dos investidores foi negativa. As acções do BPI encerraram a cair 6,74% para 1,204 euros. Ainda assim, durante o dia, os títulos chegaram a afundar 7,82% para 1,19 euros.


A liquidez deste título foi também elevada. Trocaram de mãos mais de 6,3 milhões de acções quando a média diária dos últimos seis meses é superior a 3,6 milhões.

O BPI tem até 10 de Abril para diminuir a sua exposição a Angola em quase 3 mil milhões de euros, conforme decidiu o Banco Central Europeu há mais de um ano. Não cumprindo essa redução, o banco liderado por Fernando Ulrich (na foto) arrisca ter de pagar uma multa diária de 162 mil euros a partir daquela data.

Esta terça-feira, 29 de Março, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, os analistas do Haitong consideram que o  acordo entre os dois maiores accionistas do banco está agora nas mãos de Isabel dos Santos. Numa nota assinada por Carlos Cobo e Juan Carlos Calvo, o Haitong salienta que o banco espanhol já definiu os termos do acordo, estando a bola do lado da empresária angolana.


"Entendemos que as negociações ainda não estão completamente terminadas, mas o Caixabank parece ter enviado uma mensagem clara sobre o quanto está disposto a ceder", escrevem os analistas do Haitong. "Agora parece estar nas mãos de Isabel dos Santos decidir se está disposta a aceitar os termos finais do Caixabank ou não".

* A incompetência dos "importantes" banqueiros portugueses, a arrogância de há uns tempos transforma-se em baba, o próximo será a CGD. 

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