CES 2016
IBM põe robô Watson
na pulseira de fitness
da Under Armour
Chegámos à era da computação cognitiva,
disse a CEO da tecnológica GinniRometty no CES 2016 em Las Vegas
.
.
Seis anos depois de vencer o concurso
Jeopardy contra humanos, o supercomputador Watson da IBM está pronto
para o horário nobre da computação cognitiva. Durante a sua apresentação
no CES 2016, em Las Vegas, a CEO da IBM Ginni Rometty revelou várias
novas parcerias e demonstrou como o poder do Watson pode revolucionar a
Internet das Coisas e as áreas em que é aplicado.
.
.
“Cada decisão que a Humanidade tomar será melhor por causa destas
tecnologias”, declarou a executiva, que dedicou a keynote ao anúncio de
três parcerias: uma com a marca de vestuário desportivo Under Armour,
outra com a fabricante de dispositivos médicos Medtronics e a última com
a japonesa Softbank.
“Não temos dúvidas de que vamos mudar o
sistema de saúde.” A declaração é arriscada, por isso Rometty chamou ao
palco o CEO da Under Armour, Kevin Plank, para explicar o trabalho que
estão a desenvolver em conjunto. A Under Armour, que em Portugal é
distribuída sobretudo pela SportZone, lançou no CES uma pulseira
inteligente de fitness com hardware HTC, a UA Band. E é aqui que o
Watson vai entrar: a app Record que se ligará à pulseira terá a
inteligência artificial do supercomputador por trás, com a intenção de
“transformar a saúde e o fitness.”
A UA Band tem 70 horas de bateria e
monitoriza o número de passos, horas de sono, batimento cardíaco em
repouso, peso, exercício e desempenho. Depois, envia esses dados para a
plataforma Record – Insights by Watson e o resultado é o que Plank
chamou de “treino cognitivo.” O supercomputador personaliza a abordagem à
pessoa de uma forma que as apps que estão no mercado não conseguem
fazer.
Inovação para diabéticos
Aqui o impacto do Watson pode ser decisivo,
e Rometty acredita que em causa está a capacidade de salvar vidas. A
parceria da IBM com a Medtronic, uma empresa de aparelhos para
diabéticos, vai resultar numa aplicação que irá recolher os dados dos
dispositivos usados pelos doentes. Rometty explicou que a análise do
Watson dará a “possibilidade de prever uma crise de hipoglicémia três
horas antes da ocorrência”, algo que neste momento é basicamente
impossível.
.
.
Omar Ishrak, CEO da Medtronic, fez uma demo da aplicação mostrando como
esta instrumentaliza dados históricos de níveis de glucose, calorias
queimadas e gramas de hidratos de carbono consumidos para aconselhar o
diabético. “Ela dirá qual o resultado que certo tipo de comida terá no
corpo”, afirmou. “Isto já não é intuição, é baseado em dados
científicos.” A app será lançada no verão.
O robô “humano” Pepper
Por enquanto está a ser testado apenas no Japão, mas o que o presidente
da Softbank Robotics Kenichi Yoshida quer é transformar o Pepper num
robô para as massas em todo o mundo. Este foi um dos momentos altos da
noite, quando um modelo destes robôs – que parece a namorada do R2D2 –
entrou em palco e manteve uma conversa com Yoshida.
A capacidade de compreensão e interação é muito mais evoluída que os robôs que estão no mercado, ou qualquer assistente digital tipo Siri. “As pessoas tendem a pensar nos robôs como algo que está vivo”, disse Yoshida, justificando o visual apelativo, a voz feminina e o léxico usado na conversação.
.
O Pepper está em teste em
10 sucursais de um banco e em 100 cafés de uma cadeia no Japão, num
piloto que rapidamente será expandido. A IBM será o distribuidor de
software para o Pepper, mas a colaboração entre as duas empresas vai
além disso: a Softbank está a ensinar ao Watson como pensar em japonês.
“Acreditamos que a tecnologia está pronta”, declarou Yoshida. “Agora, é
tempo de passar à prática.”
IN "DINHEIRO VIVO"
07/01/16
.
Sem comentários:
Enviar um comentário