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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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António Figueiredo e Jarmela Palos
. acusados de corrupção
. acusados de corrupção
O ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo e o antigo diretor do SEF Manuel Jarmela Palos foram hoje acusados de corrupção no caso dos vistos 'gold', segundo o despacho de acusação.
O Ministério Público acusou ainda a
ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes de
corrupção ativa para a prática de ato ilícito, corrupção passiva para a
prática de ato ilícito e dois crimes de tráfico de influência.
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De acordo com o despacho de
acusação, a que a agência Lusa teve acesso, António Figueiredo é acusado
de 12 crimes: quatro de corrupção passiva, dois de recebimento indevido
de vantagem, um de peculato de uso, três de tráfico de influência, um
de prevaricação e um de branqueamento de capitais.
O ex-diretor do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos foi acusado
de um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação.
No total,
o processo-crime à aquisição de 'vistos gold' tem 17 arguidos acusados,
incluindo três cidadãos chineses, um empresário angolano e quatro
empresas.
No mesmo processo, o ex-ministro da Administração
Interna Miguel Macedo foi acusado de três crimes de prevaricação de
titular de cargo político e um crime de tráfico de influência.
O
empresário ligado à indústria farmacêutica Paulo Lalanda de Castro é
acusado de dois crimes de tráfico de influências, enquanto o empresário
angolano Eliseu Bumba está acusado de um crime corrupção ativa
relacionado com um acordo firmado com António Figueiredo, refere a
acusação.
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Os chineses Zhu Xiaodong, Zhu Baoe e Xia Baoling são
acusados, cada um deles, de um crime de corrupção ativa e de um crime de
tráfico de influências.
Os funcionários do IRN Paulo Eliseu,
Paulo Vieira, José Manuel Gonçalves e Abílio Silva são acusados de um
crime de corrupção passiva, cada um deles, sendo que Abílio Silva está
ainda acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem praticado
com coautoria com António Figueiredo.
Além das pessoas acusadas,
são igualmente arguidas a empresas Lusomerap - Consulting, Formallize,
Intelligent Life Solutions - Produtos e Soluções na Área da Saúde e JAG -
Consultoria e Gestão.
Segundo a acusação, na prática dos factos
ilícitos, o arguido António Figueiredo terá auferido a quantia total de
99.140 euros e os chineses Zhu Xiaodong e Zhu Baoe, o valor de
268.308,11 euros.
Os funcionários do IRN acusados terão auferido
entre 10.402 e 18.498 euros, considerando a acusação que Paulo Vieira,
Paulo Eliseu e José Manuel Gonçalves, de forma solidária, receberam a
quantia global de 3.538 euros, para conta de que são cotitulares.
No
despacho, o MP requer que sejam declarados perdidas a favor do Estado
essas quantias e que os arguidos António Figueiredo, Zhu Xiaodong, Zhu
Baoe, José Manuel Gonçalves, Paulo Eliseu, Paulo Vieira, Elisa Alves e
Abílio Silva sejam condenados a pagar ao Estado as quantias que cada um
recebeu.
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A Operação Labirinto, que envolveu várias buscas e 11
detenções, em novembro de 2014, está relacionada com a aquisição de
vistos 'gold' e investiga indícios de corrupção ativa e passiva,
recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso
de poder e tráfico de influência.
Miguel Macedo demitiu-se do cargo de ministro da Administração Interna a 16 de novembro do ano passado.
* Nenhum magistrado é tonto da cabeça para acusar pessoas que desempenhavam altos cargos na hierarquia do Estado sem ter fundamentos. Só desejamos que esta gente siga para a "pildra" quanto antes.
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