HOJE NO
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Médicos veterinários.
Ordem poderá ter dado prendas
de 2500 euros
Durante o ano de 2013, a bastonária da Ordem dos
Médicos Veterinários e o Tesoureiro da instituição percorreram, em
conjunto, 46580 quilómetros, e receberam 11.645 euros por essas
deslocações em nome da Ordem. Esta é uma das parcelas das contas de 2013
que suscitaram dúvidas ao autor da queixa apresentada junto do
Ministério Público (MP) em Janeiro deste ano, e que já levou a uma
investigação da Polícia Judiciária.
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SERÁ ALVISSAREIRA? |
O levantamento inclui todo o tipo de despesas: de facturas de pastelaria e restaurantes a cheques-prenda, passando por portagens e outras despesas.
Uma das dúvidas prende-se com o pagamento das deslocações. O tesoureiro, José Prazeres, terá feito quase 24.700 quilómetros, mais três mil que a própria bastonária. Por esses quilómetros recebeu quase 6200 euros da Ordem (Laurentina Pedroso não chegou aos 5500).
Mas também há registo de cheques-prenda no El Corte Inglés e no Continente, com respectiva data e número, que, ao todo, somam quase 10 mil euros - alguns dos quais poderão ter um valor unitário de 2500 euros.
Há ainda gastos em gabinetes de estética (um conta de 40 euros), refeições individuais, portagens. Tudo isto faz parte do relatório ainda sob análise.
Mas há outras questões que nunca mereceram uma explicação clara. Por exemplo, o projecto “Cliente Mistério”. O projecto serviria, segundo a bastonária, para avaliar situações de “usurpação de funções” de farmácias aos médicos veterinários. Custou mais de 14.600 euros mas os resultados nunca foram conhecidos. Como aconteceu com outro projecto, o “cheque-solidário”, uma iniciativa já de 2014, que contava com verbas autárquicas para garantir cuidados veterinários a animais de famílias carenciadas.
Auditorias anuais abertas
A polémica passa ao lado de Jorge Cid, o novo bastonário da OMV que
venceu Laurentina Pedroso nas eleições de dia 12 de Dezembro. O médico
veterinário diz que não tinha informação sobre irregularidades nas
contas da Ordem e que foi apanhado de surpresa com a notícia do i onde
se dava de uma investigação em curso.
Ainda sem data para a tomada de posse, Jorge Cid garante que não vai
assumir funções com ideias pré-concebidas a este respeito. “As pessoas
são sérias até prova em contrário”, diz.
No seu mandato, o futuro bastonário fará a defesa dos princípios de
“rigor e transparência”. Por isso mesmo, “todos os anos as contas serão
auditadas e estarão disponíveis para consulta sempre que tal for
solicitado” pelos membros da OMV, garante o médico veterinário.
Jorge Cid quer implementar algo que já constava no seu programa: um
limite de custos para as despesas realizadas em nome da Ordem, que terão
sempre de ser “devidamente justificadas e documentadas”.
* O exemplo vem de cima, se tínhamos um ministro que recebia 7% de comissão nos vistos gold e mais uns quantos titulares de topo com semelhantes alvíssaras, o caso da bastonária não espanta ninguém.
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