HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Maria Luís acusa supervisão.
BdP culpa governo PSD-CDS
Existe "claramente um problema de
supervisão" no sistema financeiro, admitiu ontem, numa entrevista à TVI,
a ex-ministra das Finanças, quando questionada sobre o papel do Banco
de Portugal (BdP)nas crises dos bancos nos últimos anos, desde o BPN ao
BES e agora o Banif. Embora, logo a seguir, tenha tentado corrigir,
sublinhando a sua "confiança" no atual governador Carlos Costa -
reconduzido pelo seu governo (em maio), sob uma chuva de críticas -, a
verdade é que esta é a primeira vez que Maria Luís Albuquerque deixa
cair publicamente uma acusação ao BdP.
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ESTA BANCA QUE VOS DEIXO |
O
comentário caiu como uma bomba no BdP, onde a ex-governante não goza da
melhor popularidade: "A culpa do que aconteceu ao Banif é do governo
anterior PSD-CDS porque não fez sentir, junto da Direção-Geral da
Concorrência da Comissão Europeia, o seu peso e a sua pressão para que
os planos de reestruturação fossem aprovados e houvesse uma solução mais
rápida", disse ao DN fonte próxima desta entidade. Mas as relações
entre Carlos Costa e Maria Luís Albuquerque entraram em rota de colisão
já em outubro, com o governador a apelar, sem êxito, à então ministra
para que encontrasse uma solução. De acordo com o jornal Público, na
origem da desavença estava uma auditoria externa a alertar para os
riscos do atraso a encontrar uma solução.
A
crítica de Maria Luís à supervisão é acompanhada, de resto, pelo CDS, e
não é de agora. "A recondução de Carlos Costa como governador mereceu
todo o sentido crítico do partido. Paulo Portas, aliás, disse que só
compreendia aquela recondução à luz das circunstâncias da altura, que
era o processo de venda do BES. Não se mudava o vendedor a meio de uma
venda", recordou ao DN fonte da direção centrista.
O
CDS assumiu agora uma atitude mais ofensiva do que o próprio PSD,
contra a decisão do governo PS. O presidente do grupo parlamentar, Nuno
Magalhães, manifestou "fundadas" dúvidas sobre a solução encontrada,
nomeadamente sobre os valores em causa (2,2 mil milhões)tendo em conta a
dimensão do Banif, bem como sobre a repartição dos custos, a pesar mais
nos contribuintes. Apesar de nenhum partido ter ainda assumido qual vai
ser a sua posição de voto no orçamento retificativo, o CDS deixa aqui
um sinal de crítica.
Nem CDS, nem PSD,
quiseram comentar a carta, de dezembro de 2014, ontem divulgada pela
TSF, na qual a comissária europeia da concorrência alertava Maria Luís
Albuquerque para a necessidade de uma solução célere e atribuía a falta
de decisão à necessidade do governo conseguir a "saída limpa" do
programa de reajustamento. Essa "saída" foi em abril desse ano.
Maria
Luís Albuquerque negou a falta de "esforço", lembrando que o seu
governo apresentou a Bruxelas oito planos de reestruturação que foram
todos chumbados.
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Para a esquerda não há
dúvidas sobre a responsabilidade do anterior governo e de Carlos Costa
no caso Banif. "Não é a resolução agora apresentada que tem custos para
os contribuintes. Esta é a conta que recebemos da intervenção do Estado
em 2012 e do papel da autoridades nos últimos três anos, apenas com
objetivos eleitorais, sem acautelar o interesse dos depositantes e dos
contribuintes e dos depositantes", salientou Ana Catarina Mendes, do PS.
Já
PCP e BE classificaram de "criminoso" o comportamento do anterior
governo, com a bloquista Mariana Mortágua a mostrar a porta de saída a
Carlos Costa. "Não tem as mínimas condições para se manter na sua
posição", afirmou.
O PCP, por sua vez,
lembrou que desde 2012 que o seu partido alertava para a situação ao
Banif e para as posições do Estado no capital. Quanto ao Banco de
Portugal, "esteve sempre à margem da regulação efetiva" e que o
governador "sabia há três anos da situação".
* O problema é que quem paga a incompetência deste bando de energúmenos vai ser o povo português que não votou PàF, os pacóvios que votaram PàF, pois os responsáveis são quase sempre inimputáveis.
* O problema é que quem paga a incompetência deste bando de energúmenos vai ser o povo português que não votou PàF, os pacóvios que votaram PàF, pois os responsáveis são quase sempre inimputáveis.
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