HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Juncker avisa que não há euro
sem espaço Schengen
O aviso, que é também uma convicção, foi feito ontem por Jean-Claude
Juncker perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. “Schengen não é um
conceito neutro, mas sim uma das pedras angulares da construção
europeia”, disse o presidente da Comissão, depois de frisar que “todos
os que acreditam na Europa e nos seus valores têm de tentar reanimar o
espírito de Schengen”.
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Desde o Verão que a zona Schengen – que
prevê a livre circulação de pessoas entre os 26 Estados signatários –
tem estado sob forte pressão dos milhares de pessoas que tentam chegar a
território europeu para fugir de conflitos e guerras no Médio Oriente e
África. A crise migratória já levou vários países, como a Hungria ou a
Dinamarca, a restaurar controlos temporários das fronteiras e o Reino
Unido, nas condições que enviou a Bruxelas para renegociar o futuro do
país dentro da união, quer incluir travões a todos os imigrantes,
incluindo os europeus. De acordo com as estimativas da
Comissão Europeia, um milhão de pessoas deve chegar à UE até ao final do
ano, aos quais se devem juntar outros três milhões até 2017.
Com
este cenário em pano de fundo e os atentados de Paris – em que um
passaporte de um refugiado foi associado a um dos suspeitos de
terrorismo – o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou ontem à
imprensa alemã que não é possível que a Europa continue a aceitar mais
refugiados.
Em referência à iniciativa de Angela Merkel de
acolher todos os sírios, Valls - que se prepara para as eleições
regionais em Dezembro - disse que embora tenha sido “uma decisão
respeitável, não foi França que disse: venham a mim!”. O líder francês
põe assim em causa a ideia de Bruxelas de redistribuir 160 mil
refugiados por países europeus. Para Paris, a solução passa não pela
reintrodução de controlos fronteiriços dentro da Europa, mas sim pelo
reforço das fronteiras externas da União. “Fecharmo-nos nas nossas
fronteiras não vai resolver o problema” dos refugiados, respondeu a
chanceler alemã.
* A União Europeia está a um passo de se desmoronar, não será por obra dos comunistas.
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