HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Papa diz que "seria catastrófico"
pôr interesses particulares acima
do bem comum
O papa Francisco alertou hoje para a possibilidade "catastrófica" de
interesses particulares conseguirem bloquear um acordo para responder às
alterações climáticas na conferência da Organização das Nações Unidas
(ONU) que vai começar, em Paris, na segunda-feira.
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"Dentro de alguns dias, uma importante cimeira sobre alterações
climáticas vai começar em Paris. Seria triste e, lamento dizer, até
catastrófico, se interesses particulares se impusessem ao bem comum e
manipulassem informação para proteger os seus próprios planos e
projetos", disse, em antecipação da conferência.
"Estamos confrontados com uma escolha que não podemos ignorar: ou
melhoramos ou destruímos o ambiente", afirmou, durante uma intervenção
na delegação da agência das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP, na
sigla em Inglês), na capital queniana, Nairobi.
Sem avançar com detalhes, o papa apontou para as grandes indústrias e
responsabilizou os países do designado Primeiro Mundo pela incapacidade
de controlarem o aquecimento global.
O papa Francisco, que está a fazer a sua primeira visita a África,
chegou ao Quénia, no fim de quarta-feira, com o aviso de que o mundo
está a enfrentar "uma grave crise ambiental", no iníquo de uma viagem
que inclui também o Uganda e a República Centro Africana.
O pontífice, de 78 anos, tem assumido uma posição de estaque no
combate às alterações climáticas, injetando autoridade moral num debate
dominado por norma por preocupações científicas, económicas e políticas.
Os seus comentários foram feitos quatro dias antes do início da
conferência que se vai realizar na capital francesa, durante 12 dias,
com o objetivo de alcançar um pacto de resposta às alterações
climáticas.
São esperados mais de 150 chefes de Estado e governo no início da conferência, que se prolonga até 11 de dezembro.
* Helas! Paradoxalmente o papa tem razão mas há séculos que os interesses particulares da igreja católica sempre se impuseram ao bem comum e
manipularam informação para proteger os seus próprios planos e
projetos. A igreja católica é em termos empresariais a "multinacional" que mais tem empregue as práticas ora criticadas. Pensamos que o papa Francisco deve rever os seus discursos para não dar tiros no pé.
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