HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
AP:
Diferenças entre Portugal e Grécia?
. "Centeno não é Varoufakis"
. "Centeno não é Varoufakis"
Um é "discreto", o outro é "extravagante". A
diferença entre os ministros das Finanças de Portugal e Grécia não é a
única que existe entre os dois países. Mas também há muitas semelhanças,
e a Europa está a olhar desconfiada para a ascensão da aliança de
esquerda em Portugal.
"Uma aliança anti-austeridade,
que inclui os partidos radicais de esquerda, assume o poder. Uma
economia instável e uma grande dívida ameaçam a economia nacional. O
resto da Europa observa com um olhar desconfiado. Parece familiar? Não é
a Grécia, mas um outro país da Zona Euro: Portugal".
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É desta forma que a Associated Press (AP) descreve a realidade
portuguesa num texto de análise publicado esta quinta-feira, 26 de
Novembro, dia em que se realiza a tomada de posse do novo Executivo
liderado por António Costa. A agência noticiosa sublinha que o país que
era tido com um "exemplo" na implementação de medidas de austeridade
tornou-se, agora, uma "nova fonte de preocupação na Europa".
A aliança de esquerda, descreve a Associated Press, derrubou o Governo de coligação liderado por Passos Coelho que implementou as reformas exigidas pelos credores desde 2011, como cortes na despesa e aumento de impostos.
"Os desenvolvimentos reflectem o que aconteceu na Grécia, cujo líder radical quase tirou o país da Zona Euro, este ano", sinaliza a análise, acrescentando que a "ascensão e a retórica do PS" lembram o radical Syriza, comandado por Alexis Tsipras.
Há outras semelhanças: tanto os gregos como os portugueses foram confrontados com duras medidas de austeridade nos últimos anos, que aumentaram a pobreza e o desemprego nos dois países.
Tal como fez Tsipras, também António Costa promete virar a página da austeridade, aliviando os impostos e revertendo os cortes salariais na Função Pública. Além disso, e tal como a Grécia, Portugal tem uma elevada dívida pública, acima de 130% do PIB.
Contudo, a agência noticiosa destaca também as diferenças entre os dois países. A começar pelo guardião da pasta das Finanças. "Em primeiro lugar, Mario Centeno não é o Yanis Varoufakis", sublinha o artigo.
O ministro das Finanças português "é discreto - muito longe do extravagante ex-ministro grego Varoufakis, cujo grito rebelde afastou os credores da Grécia", descreve a agência. "Os portugueses, geralmente, não são tão impetuosos como os gregos, sem protestos violentos registados nas ruas de Lisboa".
Além do ministro, a economia dos dois países também é distinta. Depois de três anos de recessão, a economia portuguesa cresceu 1,5% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2014, e a taxa de desemprego desceu de 17,7% em 2013 para 11,7% no terceiro trimestre. Já o governo grego estima que a nação mediterrânea permaneça em recessão em 2016, e o desemprego se mantenha acima de 25%.
"Estamos bastante preocupados, mas é seguro dizer que Portugal não será outra Grécia", refere Federico Santi, analista do Eurasia Group, citado pela Associated Press.
* Nós também temos opinião, cá vai: no corpo da notícia destaca-se a prossecutória intenção de considerar a Grécia uma "ovelha ranhosa" quando as bancas alemã e francesa são um sorvedouro dos rendimentos do trabalho helénico, ao menos agradeçam a chuliçe.
Outra intenção é colar este governo ao grego e minimizar a destruição do tecido económico provocado por o governo de Coelho e Portas, para além das aldrabices eleitorais bem conhecidas os PàFs deixam o país com um défice de 130% e a hipótese de mais 900 mil desempregados, consultem as previsões do FMI.
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FINARAM-SE, ATÉ QUE ENFIM |
A aliança de esquerda, descreve a Associated Press, derrubou o Governo de coligação liderado por Passos Coelho que implementou as reformas exigidas pelos credores desde 2011, como cortes na despesa e aumento de impostos.
"Os desenvolvimentos reflectem o que aconteceu na Grécia, cujo líder radical quase tirou o país da Zona Euro, este ano", sinaliza a análise, acrescentando que a "ascensão e a retórica do PS" lembram o radical Syriza, comandado por Alexis Tsipras.
Há outras semelhanças: tanto os gregos como os portugueses foram confrontados com duras medidas de austeridade nos últimos anos, que aumentaram a pobreza e o desemprego nos dois países.
Tal como fez Tsipras, também António Costa promete virar a página da austeridade, aliviando os impostos e revertendo os cortes salariais na Função Pública. Além disso, e tal como a Grécia, Portugal tem uma elevada dívida pública, acima de 130% do PIB.
Contudo, a agência noticiosa destaca também as diferenças entre os dois países. A começar pelo guardião da pasta das Finanças. "Em primeiro lugar, Mario Centeno não é o Yanis Varoufakis", sublinha o artigo.
O ministro das Finanças português "é discreto - muito longe do extravagante ex-ministro grego Varoufakis, cujo grito rebelde afastou os credores da Grécia", descreve a agência. "Os portugueses, geralmente, não são tão impetuosos como os gregos, sem protestos violentos registados nas ruas de Lisboa".
Além do ministro, a economia dos dois países também é distinta. Depois de três anos de recessão, a economia portuguesa cresceu 1,5% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2014, e a taxa de desemprego desceu de 17,7% em 2013 para 11,7% no terceiro trimestre. Já o governo grego estima que a nação mediterrânea permaneça em recessão em 2016, e o desemprego se mantenha acima de 25%.
"Estamos bastante preocupados, mas é seguro dizer que Portugal não será outra Grécia", refere Federico Santi, analista do Eurasia Group, citado pela Associated Press.
* Nós também temos opinião, cá vai: no corpo da notícia destaca-se a prossecutória intenção de considerar a Grécia uma "ovelha ranhosa" quando as bancas alemã e francesa são um sorvedouro dos rendimentos do trabalho helénico, ao menos agradeçam a chuliçe.
Outra intenção é colar este governo ao grego e minimizar a destruição do tecido económico provocado por o governo de Coelho e Portas, para além das aldrabices eleitorais bem conhecidas os PàFs deixam o país com um défice de 130% e a hipótese de mais 900 mil desempregados, consultem as previsões do FMI.
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