HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
As exigências que Cavaco fez a Costa:
o que está em causa
Aprovação de moções de confiança:
Os acordos entre os três partidos referem o que fazer em caso de
moções de censura, mas são omissos em matéria de moções de confiança.
.
Cavaco quer garantias de que o entendimento à esquerda é uma coligação
positiva e não um entendimento pela negativa. Ou seja, se o PS
apresentar uma moção de confiança, Cavaco quer ter a certeza de que o
Governo passa com o apoio do Bloco, PCP e Verdes.
Aprovação dos Orçamento do Estado, em particular, o OE/2016:
Aqui, o Presidente da República quer uma garantia de que, em
particular, o Orçamento do Estado para 2016 está assegurado. O objectivo
é evitar que o país fique sem OE durante um ano (em regime de
duodécimos), sem um quadro orçamental estável que permita uma saída do
Procedimento por Défices Excessivos. Os três documentos assinados à
esquerda não dizem preto no branco que a aprovação está assegurada,
referindo um “exame comum” que as matérias negociadas devem ter nos
Orçamentos.
Cumprimento das regras de disciplina orçamental:
Esta é uma questão já referida por Cavaco quando indigitou Passos
Coelho. O chefe de Estado quer garantir que Portugal cumpre o Pacto de
Estabilidade e Crescimento (défice abaixo de 3%), o Two-Pack (entrega
dos planos orçamentais a Bruxelas), o Six-Pack (que prevê o
acompanhamento da Comissão às questões macroeconómicas) e o Tratado
Orçamental (correcção do défice estrutural). Sem o cumprimento destas
normas, Portugal desrespeita o grosso das normas que tem para cumprir
junto dos homólogos da zona euro.
Respeito pelos compromissos das organizações de defesa:
Durante a gestão da crise política, o chefe de Estado tem defendido a
necessidade de o Governo respeitar os compromissos que Portugal assumiu
com as organizações de defesa colectiva. Portugal é membro da NATO o
que garante uma política comum de defesa. As dúvidas do Presidente
resultam de posições assumidas pelo PCP, que defende a saída de Portugal
da NATO.
Papel do conselho permanente de concertação social:
Esta é uma exigência nova na crise política. Cavaco nunca a tinha
mencionado, mas que terá ganho força depois do presidente da CIP ter
alertado à saída de Belém para o “esvaziamento” da concertação social.
Os patrões não viram com bons olhos o facto de os acordos à esquerda
terem pré-definido uma subida do salário mínimo até 600 euros na
legislatura, sem que a decisão passasse antes na concertação social.
Estabilidade do sector financeiro português:
O esclarecimento que o Presidente pede acontece dias depois de ter
recebido seis responsáveis pelo sector financeiro português. Os
banqueiros saíram de Belém a pedir estabilidade. Os acordos entre os
partidos de esquerda são omissos nesta matéria, numa altura em que dois
bancos intervencionados pelo Estado (Novo Banco e Banif) esperam
decisões, de venda no primeiro caso e da legalidade da ajuda pública
concedida.
* COMENTÁRIO
O sr. Presidente da República Cavaco Silva será conhecido pelo político mais nocivo ao país depois do 25 de Abril. Ao fim de 20 anos de exercício de poder exerce-o como um virtual DDT, fingindo respeito por o principal órgão de soberania, a Assembleia da República, detentora do poder legislativo e donde emana o executivo.
Nós se fossemos Antóno Costa não lhe satisfaríamos qualquer exigência e então que se amanhasse.
39 anos de governos centro/direita levaram o país à miséria, estão inclusos aqueles em que foi 1º ministro.Chega de prejudicar Portugal
.
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