HOJE NO
Centeno ao FT:
"Não vamos atirar dinheiro
para a economia"
O coordenador do programa económico do PS garantiu
esta tarde ao Financial Times que um governo socialista "vai ficar no
caminho da consolidação orçamental". Entrevista surge depois dos sinais
de nervosismo nos mercados.
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Um governo socialista em Portugal apoiado pela extrema esquerda não irá "atirar dinheiro para a economia" para impulsionar o crescimento nem consentirá o aumento do défice público, garantiu Mário Centeno, coordenador do programa económico do PS e eventual ministro das Finanças caso um governo socialista revele ter pernas para andar.
Um governo socialista em Portugal apoiado pela extrema esquerda não irá "atirar dinheiro para a economia" para impulsionar o crescimento nem consentirá o aumento do défice público, garantiu Mário Centeno, coordenador do programa económico do PS e eventual ministro das Finanças caso um governo socialista revele ter pernas para andar.
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"Nós vamos ficar no caminho da consolidação
fiscal", disse Mário Centeno ao Financial Times. "Não é a direcção que
estamos a questionar, mas a velocidade da viagem." O défice orçamental e
dívida pública vão permanecer numa "trajectória consistente de queda",
acrescentou.
O FT prossegue escrevendo que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho
conduziu Portugal através de um resgate doloroso e foi reconduzido
depois de sua coligação de centro-direita ter saído das eleições de 4 de
Outubro como a maior força política. No entanto, perdeu a sua maioria
absoluta, tornando-o vulnerável a uma aliança sem precedentes entre a
oposição socialista e a extrema esquerda.
O correspondente da
"bíblia financeira" em Lisboa dá conta de que a perspectiva de um
governo PS garantido com o apoio dos radicais do Bloco de Esquerda (BE) e
do Partido Comunista de linha dura atingiu as acções dos bancos
portugueses e levou os custos de financiamento do Estado para máximos de
cinco meses. Mário Centeno considera, porém, que a reacção dos mercados
não tem razão de ser, afirmando que a ideia de que ele estava planear
"um estímulo pura e simples da procura interna" é superficial e errada.
"Não é fácil para reduzir a nossa abordagem a dois ou três slogans".
"Vamos continuar a reduzir o défice e a dívida, mas a um ritmo mais
lento. Isto irá criar o espaço económico necessário para aliviar as
restrições financeiras muito graves que as famílias e as empresas
enfrentam. "
Sobre a queda das acções dos bancos, Centeno culpa o
Governo, dizendo que teve pouco a ver com o programa PS, antes
reflectiu "a fragilidade do sistema financeiro de Portugal", que o
senhor Passos Coelho "não conseguiu resolver".
* António Costa irá herdar o lixo da governação da direita e o grande público desconhece a toxicidade de tanta porcaria, não vai ser tarefa fácil assumir o país tal como ele está se o governo caír.
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