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DA MADEIRA"
Directores obrigados a desligar sistemas de intrusão temem assaltos nas escolas
Ministério da Educação e Ciência terá exigido que sistema fosse desligado em 1.200 escolas
Os diretores escolares foram avisados, pelos serviços do Ministério
da Educação, de que tinham de desligar os sistemas de intrusão e estão
agora preocupados com possíveis assaltos às escolas e equipamentos.
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O jornal Correio da Manhã noticia hoje a existência de 1.200 escolas
sem videovigilância nem sistemas de alarme, depois de os serviços do
Ministério da Educação e Ciência (MEC) terem exigido que os sistemas
fossem desligados.
Em declarações à Lusa, Filinto Lima, presidente da Associação
Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), e
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes
Escolares (ANDE), confirmaram a informação.
"Recebemos um ofício da Direção Geral de Estatísticas da Educação e
Ciência (DGEEC), datado de 11 de novembro, que nos manda desligar os
sistemas de segurança e que avisa que poderemos incorrer em coimas caso
se mantenham ligados", contou à Lusa Manuel Pereira, que é também
diretor de um agrupamento de escolas.
Até 2010, as escolas tinham guardas-noturnos mas, quando começou a
funcionar o sistema de segurança, deixaram de precisar destes
profissionais, lembrou Manuel Pereira, explicando que alguns passaram a
executar funções de assistentes operacionais (funcionários).
"Agora, as escolas ficam durante toda a noite e durante todo o fim de
semana entregues a elas próprias. A tranquilidade que existia acabou e
começo a ficar preocupado", alertou Manuel Pereira.
O receio de que as escolas possam ser assaltadas também é partilhado
por Filinto Lima, que lembra que "as escolas têm à sua guarda
equipamentos de valor que precisam de estar bem guardados".
"Este era um projeto muito interessante do ministério, que
salvaguardava os materiais que temos nas escolas", acrescentou o
presidente da ANDAEP e também diretor de um outro agrupamento de
escolas.
Os dois diretores escolares pedem ao MEC que reavalie e situação e que o sistema volte a funcionar o mais rapidamente possível.
Questionado pela Lusa, o gabinete do ministério afirmou que "está
neste momento pronto o procedimento para lançamento de um novo concurso
neste âmbito".
Agora, a monitorização da videovigilância funciona apenas durante o
dia, estando "em causa apenas a monitorização remota do sistema de
intrusão e de videovigilância, quando a escola está fechada",
acrescentam os serviços do MEC, que dizem ainda que "os alarmes podem
ser ligados localmente, sendo necessário assegurar o seu
acompanhamento".
* O vencedor do novo concurso será anunciado após muitas escolas terem sido assaltadas, boa política a do MEC.
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