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"OBSERVADOR"
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Chemsex
a prática sexual que está
a alarmar os especialistas
Chemsex é uma nova prática sexual que pode provocar sérios danos físicos e emocionais, segundo os especialistas. Esta moda sexual leva as pessoas a fazer sexo nonstop sob o efeito de drogas.
Há uma nova moda no que respeita a fazer sexo. Mas muito perigosa, segundo os especialistas. “Chemsex” é o termo utilizado para descrever as práticas sexuais potenciadas pelo consumo de drogas e de várias substâncias químicas,
mas também para descrever um tipo de festas que podem prolongar-se
durante horas, ou mesmo dias, graças ao consumo dessas drogas, revela o El Confidencial.
O British Medical Journal dedicou
um número especial ao tema, revelando que os riscos associados à
ingestão de uma mistura de drogas para ser possível ter sexo durante
várias horas ou dias seguidos são uma questão de saúde pública. A maioria das pessoas pratica sexo nonstop sob o efeito de três substâncias: mefredona, cristais e GHB. Estas drogas são combinadas para facilitar as relações sexuais entre vários pares, durante dias.
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Segundo o EL Confidencial, o objetivo passa por prolongar as orgias
durante muito tempo, mas os riscos são vários. A possibilidade de serem
contraídas doenças sexualmente transmissíveis como SIDA, gonorreia,
sífilis ou hepatite C aumentam em larga escala, segundo o
The Guardian, e os efeitos negativos das drogas podem ainda dar origem a
problemas mentais associados à ansiedade, psicoses e ainda tendências
suicidas ou ataques de pânico.
Os cristais e a mefredona aumentam o
ritmo cardíaco, a agitação sexual e impulsionam os estados eufóricos,
ao passo que o composto químico GHB é um grande desinibidor e
analgésico. A maioria dos utilizadores quer reprimir sentimentos
negativos como a falta de confiança e autoestima, afastar o estigma da
SIDA ou da homossexualidade.
Os autores do artigo publicado no British Medical Journal explicam
também os efeitos secundários que esta mistura de estimulantes provoca
no corpo. A mefredona e os cristais podem criar uma grande dependência
psicológica e o GHB uma dependência fisiológica. As pessoas passam horas
sem dormir ou comer, o que irá provocar consequências graves na saúde.
O
El Confidencial explica que já existem alguns serviços especializados
para tentar combater os efeitos desta moda sexual, como por exemplo a
clínica de drogas Antidote, que recebe vários pacientes que confirmam a
utilização deste tipo de drogas. Se antes as festas de Chemsex eram
essencialmente um exclusivo de homens homossexuais, agora a prática
generalizou-se. Estreou inclusive o documentário intitulado “Chemsex”,
dirigido por Will Fairman e Max Gogarty, que procurou explorar a vida de
um grupo de homens que se dedicavam a um estilo de vida baseado no
Chemsex e como sobrevivem a esse ciclo de vício e dependência.
Os especialistas mostram-se preocupados e alertam para os perigos e os
estragos que esta prática pode provocar quer na saúde, quer nas próprias
relações, frisando que quando alguém precisa de recorrer a substâncias
para satisfazer as suas necessidades tem algum tipo de problema e deve
mesmo procurar ajuda.
* Já só lá vão de empurrão...
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