HOJE NO
"A BOLA"
Professor Murphy
deixou alunos de olhos a brilhar
O inglês Shaun Murphy, de 33 anos, vice-campeão
mundial de snooker, deu na manhã deste sábado, no Snooker Club de
Lisboa, uma demonstração de humildade e boa disposição, ao ministrar uma
aula para os alunos que no nosso país, que deixou miúdos e graúdos a
sorrir e em êxtase, pelas dicas fornecidas à plateia.
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Durante uma hora, o ‘mágico’ explicou como consegue colocar a bola onde quer na imensa mesa que mais parece uma piscina, a forma de atacar e defender, e desvendou alguns dos segredos dos deuses dos panos verdes. «Mas não vos posso ensinar tudo, um mágico nunca revala tudo», afirmou, para gáudio de muitos, com os pais dos jovens alunos da Nelson’s Coaching Academy, da Amadora, ainda mais espantados do que os filhos perante o que o inglês, campeão mundial em 2005 e profissional de snooker há 18 anos, consegue fazer com a bola branca, que parece teleguiada.
«Foi muito bom privar com os mais novos. Temos de promover a formação. A paixão é de todos, mas eles são o futuro. Gostei muito», disse Shaun Murphy a A BOLA, no final de uma experiência em que sorriu do primeiro ao último minuto.
Nelson Baptista, responsável da Nelson‘s Coaching Academy, absorveu cada palavra. «Deu dois conselhos muito importantes: ouçam sempre o vosso treinador e pratiquem muito. Foi um dia fantástico e uma experiência que eles jamais esquecerão. É normal que alguns nem tenham dormido com a excitação», afirmou o treinador, único acreditado em Portugal pela European Billiards and Snooker Association (EBSA).
Com quase duas dezenas de alunos, «o mais novo com seis anos e o mais idoso acima dos 70», Nelson Baptista está otimista com a expansão e massificação desta variante do bilhar no nosso país. «As transmissões televisivas, do EuroSport, desde há mais de 15 anos, também ajudaram. Mas poderem estar ao pé de um ídolo como o Shaun é marcante, ficará com eles para sempre», afirmou.
Depois de ouvir atentamente, mesmo no inglês de Murphy, as explicações da estrela, o Diego Sousa, aluno da Nelson’s Coaching Academy, de nove anos, mal podia esperar para agarra no taco e experimentar, agora na posse das pistas e dicas que o vice-campeão mundial e vencedor do Masters de 2015 deixou a todos: efeito lateral, puxanço, curvas na trajetória da bola branca, jogo defensivo, snooker (esconder a branca ao adversário atrás de outra bola), bola seguida, leitura de jogo, risco, confiança, instinto, tudo explicado por quem tanto e mais percebe da poda.
«Gostei muito, ele é muito simpático, e engraçado. Ele começou a jogar aos oito anos? Eu aos três, deram-me uma mesa pequena de prenda no Natal. Gostava de ser como ele um dia. Mas sei que tenho de treinar muito para lá chegar», afirmou o Diego à nossa reportagem, com um sorriso de orelha a orelha pela foto e o autógrado com o ‘mágico’.
Já o pai de Diego, Alexon, estava feliz a dobrar: por si e pelo filho. «É um investimento que fazemos, ele ter lições de snooker. A fundo perdido? Um pouco. Mas é feliz e é um desporto que lhe dá disciplina, respeito, exigente, bonito, bons valores e princípios: respeito pelo jogo, sempre, a puxar os limites. Vou dar com ele horas a fio com a mesa montada em cima da cama a enfiar bolas atrás de bolas. Murphy é muito acessível, uma simpatia. Valeu a pena o Diego quase não ter dormido hoje, com a excitação.
À NOITE É A SÉRIO
A partir das 20.30 horas deste sábado, Shaun Murphy irá defrontar o atual campeão nacional, Pedro France (ex-Académica, agora jogador da nova equipa de snooker do FC Porto), e também Nuno Miguel Santos (ex-Benfica e também jogador da novel equipa dos dragões), no Snooker Club.
Depois da teoria, é a vez de demonstrar, na prática, que a ‘coisa’ funciona. Como as largas dezenas que quase lotaram o Snooker Club de Lisboa na última madrugada, de resto, já puderam apreciar, com o inglês a disputar alguns ‘frames’ com humor e sem carregar muito no acelerador: ficaram algumas bolas extraordinárias para aguçar o apetite para o prato principal, a ser servido na sessão noturna. Parece fácil, e que o faz com uma perna às costas. Mas quem já foi à mesa tentar sabe que não é bem assim: estão ali 25 anos de treino, sete a oito horas por dia, seis vezes por semana.
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Durante uma hora, o ‘mágico’ explicou como consegue colocar a bola onde quer na imensa mesa que mais parece uma piscina, a forma de atacar e defender, e desvendou alguns dos segredos dos deuses dos panos verdes. «Mas não vos posso ensinar tudo, um mágico nunca revala tudo», afirmou, para gáudio de muitos, com os pais dos jovens alunos da Nelson’s Coaching Academy, da Amadora, ainda mais espantados do que os filhos perante o que o inglês, campeão mundial em 2005 e profissional de snooker há 18 anos, consegue fazer com a bola branca, que parece teleguiada.
«Foi muito bom privar com os mais novos. Temos de promover a formação. A paixão é de todos, mas eles são o futuro. Gostei muito», disse Shaun Murphy a A BOLA, no final de uma experiência em que sorriu do primeiro ao último minuto.
Nelson Baptista, responsável da Nelson‘s Coaching Academy, absorveu cada palavra. «Deu dois conselhos muito importantes: ouçam sempre o vosso treinador e pratiquem muito. Foi um dia fantástico e uma experiência que eles jamais esquecerão. É normal que alguns nem tenham dormido com a excitação», afirmou o treinador, único acreditado em Portugal pela European Billiards and Snooker Association (EBSA).
Com quase duas dezenas de alunos, «o mais novo com seis anos e o mais idoso acima dos 70», Nelson Baptista está otimista com a expansão e massificação desta variante do bilhar no nosso país. «As transmissões televisivas, do EuroSport, desde há mais de 15 anos, também ajudaram. Mas poderem estar ao pé de um ídolo como o Shaun é marcante, ficará com eles para sempre», afirmou.
Depois de ouvir atentamente, mesmo no inglês de Murphy, as explicações da estrela, o Diego Sousa, aluno da Nelson’s Coaching Academy, de nove anos, mal podia esperar para agarra no taco e experimentar, agora na posse das pistas e dicas que o vice-campeão mundial e vencedor do Masters de 2015 deixou a todos: efeito lateral, puxanço, curvas na trajetória da bola branca, jogo defensivo, snooker (esconder a branca ao adversário atrás de outra bola), bola seguida, leitura de jogo, risco, confiança, instinto, tudo explicado por quem tanto e mais percebe da poda.
«Gostei muito, ele é muito simpático, e engraçado. Ele começou a jogar aos oito anos? Eu aos três, deram-me uma mesa pequena de prenda no Natal. Gostava de ser como ele um dia. Mas sei que tenho de treinar muito para lá chegar», afirmou o Diego à nossa reportagem, com um sorriso de orelha a orelha pela foto e o autógrado com o ‘mágico’.
Já o pai de Diego, Alexon, estava feliz a dobrar: por si e pelo filho. «É um investimento que fazemos, ele ter lições de snooker. A fundo perdido? Um pouco. Mas é feliz e é um desporto que lhe dá disciplina, respeito, exigente, bonito, bons valores e princípios: respeito pelo jogo, sempre, a puxar os limites. Vou dar com ele horas a fio com a mesa montada em cima da cama a enfiar bolas atrás de bolas. Murphy é muito acessível, uma simpatia. Valeu a pena o Diego quase não ter dormido hoje, com a excitação.
À NOITE É A SÉRIO
A partir das 20.30 horas deste sábado, Shaun Murphy irá defrontar o atual campeão nacional, Pedro France (ex-Académica, agora jogador da nova equipa de snooker do FC Porto), e também Nuno Miguel Santos (ex-Benfica e também jogador da novel equipa dos dragões), no Snooker Club.
Depois da teoria, é a vez de demonstrar, na prática, que a ‘coisa’ funciona. Como as largas dezenas que quase lotaram o Snooker Club de Lisboa na última madrugada, de resto, já puderam apreciar, com o inglês a disputar alguns ‘frames’ com humor e sem carregar muito no acelerador: ficaram algumas bolas extraordinárias para aguçar o apetite para o prato principal, a ser servido na sessão noturna. Parece fácil, e que o faz com uma perna às costas. Mas quem já foi à mesa tentar sabe que não é bem assim: estão ali 25 anos de treino, sete a oito horas por dia, seis vezes por semana.
* O homem é extraordinário, os bilhetes estão esgotados, os que vão assistir são uns felizardos.
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