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DECO chumba a forma como cinco dos
. principais bancos aconselham os clientes
. principais bancos aconselham os clientes
Face aos resultados, a DECO questiona se os funcionários estão mal informados sobre os produtos que recomendam.
Os bancos falham nas recomendações aos
clientes que procuram soluções de poupança para a reforma, detectou a
DECO através de um estudo que envolveu 50 balcões das cinco principais
instituições financeiras a operar em Portugal.
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O estudo, que vai ser publicado na próxima edição da revista PROTESTE
INVESTE, recorreu a um “cliente-mistério” de 40 anos que pediu, em
Setembro, sugestões de produtos para aplicar 5.000 euros para a reforma
juntos dos balcões da Caixa Geral de Depósitos, BPI, Millenium BCP, Novo
Banco e Santander Totta, em dez cidades.
Os bancos deveriam aconselhar a subscrição de um Plano Poupança
Reforma (PPR) sob a forma de fundo com componente de acções ou optar por
um fundo imobiliário misto ou de acções no caso de aceitação do risco,
aconselhando ainda a aplicação de uma pequena parte em liquidez como
fundo de emergência.
Mas todos sugeriram produtos desadequados, segundo a associação de defesa dos consumidores.
O conselho mais comum foi um depósito normal, cujas taxas de
rendimento actuais são de zero ou próximas de zero, o que leva a DECO a
considerar tal recomendação “no mínimo, desastrosa”, para um investidor
com 40 anos.
Outro erro detectado pela DECO foi a sugestão de colocar o dinheiro
em produtos financeiros complexos que podem ter acções, matérias-primas
ou índices bolsistas e “exigem um bom conhecimento do perfil do
cliente”, de acordo com as directivas comunitárias.
O BPI foi o banco que mais vezes recomendou os PPR sob a forma de
fundo, adequados à faixa etária do “cliente mistério”, mas tentou também
vender um fundo que não era indicado.
A Caixa Geral de Depósitos tentou vender indiscriminadamente produtos
complexos, uma prática seguida igualmente pelo Millenium BCP, que
recomendou também produtos de capital garantido e baixo risco.
O Novo Banco apresentou “uma estratégia comercial bastante
defensiva”, propondo apenas produtos com capital garantido desadequados a
uma poupança de longo prazo e o Santander Totta recomendou
essencialmente depósitos em campanha, de curto prazo ou depósitos
indexados para o médio prazo.
Face aos resultados, a DECO questiona se os funcionários estão mal
informados sobre o tema da reforma e os produtos que estão a recomendar
ou, “na pior das hipóteses têm de cumprir metas nas instituições onde
trabalham”, e pede mais atenção ao Banco de Portugal.
* É óbvio que os funcionários bancários se não quiserem perder o emprego obedecem e obedecer é, neste caso, vender o produto que dê mais lucro ao banco. Os interesses dos clientes vêm depois.
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