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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Falsos recibos verdes
aumentam 200% em 2014
Números são da Autoridade para as Condições de Trabalho
Os
falsos recibos verdes aumentaram 200% em 2014, indica um relatório da
Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) que aponta igualmente
para um crescimento de 34% do número de trabalhadores não declarados.
A
ACT justifica o aumento das situações de trabalho não declarado, bem
como dos falsos estágios remunerados, falsa prestação de serviços ou
falsas situações de voluntariado, com "a situação de crise", salientando
que estes fenómenos diminuem as receitas do Estado e representam "um
grave fator de concorrência desleal para as empresas que cumprem as suas
obrigações".
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EMPREGADOS VIRTUAIS |
Do total de 2.596
trabalhadores não declarados (34% acima de 2013), 43% viram a sua
situações regularizada, enquanto no que diz respeito aos 1.510 falsos
prestadores de serviços (200% mais do que em 2013) 34% foram
regularizados.
Em relação aos 876
trabalhadores a termo ou temporários em situação irregular identificados
mais de metade foram objeto de regularização.
No
relatório, a ACT destaca as dificuldades "nos locais de trabalho, na
deteção das situações e de meios de prova por ser um fenómeno escondido"
e constata "a necessidade de consagração de instrumentos inspetivos
mais eficazes e dissuasores", bem como do cruzamento de dados entre
autoridades públicas para garantir mais eficácia no combate ao trabalho
não declarado.
Em 2014, a ACT realizou
um total de 40.665 visitas inspetivas, das quais 24.544 incidiram nas
relações laborais e segurança e saúde no trabalho, 8.693 apenas nas
relações laborais e 7.158 relativas só à fiscalização da segurança e
saúde no trabalho.
As ações abrangeram
cerca de 27 mil entidades, aproximadamente 37 mil locais de trabalho e
mais de 309 mil trabalhadores em Portugal Continental.
Os
setores mais fiscalizados foram o comércio, oficinas, indústria
transformadora e alojamento, restauração e construção, sendo o setor da
construção o que mais notificações para tomada de medidas recebeu (41%),
seguindo-se a indústria transformadora (20%), o comércio e a reparação
de veículos (13%).
Registaram-se 341
notificações para suspensão imediata dos trabalhos face a situações de
perigo grave ou iminente para os trabalhadores e 135 acidentes de
trabalho mortais, uma diminuição ligeira em relação aos 141 casos
ocorridos em 2013.
A ACT aplicou multas
a mais de 13 mil infrações resultantes da prática de contraordenações,
das quais 50% nos setores do comércio grossista e retalhista e reparação
de automóveis, atividades administrativas e serviços de apoio,
indústrias transformadoras e atividades de saúde humana e apoio social.
Foram
levantados 13.064 autos, com destaque para o setor do alojamento e
restauração (17,7%), comércio e reparação de veículos (17,2%),
indústrias transformadoras (14%), atividades administrativas e de apoio
(12,7%) e construção (11,2%).
A ACT
recuperou ainda mais de 20 milhões de euros de créditos laborais a favor
dos trabalhadores e quase quatro milhões de euros para a Segurança
Social, beneficiando mais de 15 mil trabalhadores.
As ações foram levadas a cabo por 308 inspetores, menos de 10% de inspetores do que em 2013 (343).
O
serviço informativo telefónico, lançado em 2014, registou uma média
mensal de cerca de 16 mil chamadas, enquanto o simulador 'online' de
compensação por despedimento atingiu 1,5 milhões de utilizadores.
* Estes são números esclarecedores da boa gestão do governo que agora acaba. Esclareça-se que os funcionários da Autoridade para as Condições de Trabalho tiveram ao longo deste período de quatro anos imensas dificuldades financeiras para o exercício das suas funções, obrigando a redução de operações de fiscalização, mesmo assim vejam os números que este governo produziu.
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