14/10/2015

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HOJE NO
"A BOLA"
FIFA
«O futebol não pode ser a única 
área onde não podemos injetar
 dinheiro», diz líder da Doyen
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Nélio Lucas, português de 36 anos que tem sido o rosto visível do fundo de investimento Doyen, considera louca a decisão da FIFA de proibir a propriedade de jogadores a terceiros.

«Precisamos de regras para investir, concordo com isso. A Doyen faz investimentos na construção, na hotelaria, na extração mineral… áreas em que existem regras. Mas o futebol não poder ser a única área onde não podemos injetar dinheiro», afirmou Nélio Lucas, numa reportagem publicada esta quarta-feira no jornal francês Libération.

Apresentado na primeira página da publicação como «o verdadeiro patrão do futebol mundial», este português de 36 anos, natural de Coimbra, fala da área de ação:

«Somos parceiros dos clubes com os quais nos envolvemos. Depois da nossa fundação em 2011, fizemos muitos investimentos com o FC Porto, Benfica, Atlético Madrid, Sevilha e outros. Estamos aqui para encontrar as melhores soluções e, se um clube não tiver dinheiro suficiente para comprar um jogador, eu posso dar-lhe. Bem, neste momento não posso, porque a FIFA proibiu a propriedade de terceiros. Uma decisão de loucos.»

Apesar desta decisão da FIFA, Nélio Lucas revela que continua a receber muitos contactos: «Ouvi muita gente a criticar os fundos de investimento, como Jean-Michel Aulas [presidente do Lyon]. Mas ainda no sorteio da Liga dos Campeões, em agosto, recebi mil mensagens do diretor geral assistente do Lyon a dizer que Aulas me queria conhecer.»

Nélio Lucas aproveita ainda para esclarecer sobre as suas preferências clubísticas: «Quando era pequeno, por exemplo, não ia muito com o FC Porto, mas hoje sinto as mesmas emoções como se fosse o meu clube do coração. Para mim, Atlético Madrid, Sevilha, Marselha, todos aqueles com quem trabalho são os clubes do meu coração.»

E também falou sobre Jorge Mendes: «Todo o mundo especula, mas é um amigo, fizemos muitos negócios juntos e ainda espero fazer muitos mais. É um grande agente.»

* Com este tipo de empreendedores teremos a FIFA pífia.

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