HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Subsídio de desemprego
anulado a 2.523 pessoas
Apesar do número de anulações ter caído face ao período homólogo, registaram-se mais reclamações e o IEFP teve de devolver a prestação social a 92 pessoas.
Nos primeiros seis meses do ano, 2.523 pessoas perderam o direito ao
subsídio de desemprego por incumprimento das obrigações perante os
centros de emprego, menos 8% que no mesmo período do ano passado. Porém,
as reclamações aumentaram e o subsídio acabou por ser reposto a 92
beneficiários.
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Os dados constam do relatório de actividades da
Comissão de Recursos do Instituto do Emprego e Formação Profissional
(IEFP) referentes ao primeiro semestre de 2015.
Embora o balanço
semestral não aponte quais os principais motivos para as anulações, a
falta de comparência às convocatórias e o incumprimento do dever de
apresentação quinzenal nos centros de emprego são habitualmente as
principais justificações. Outro dos motivos que leva à perda de subsídio
é a recusa ou desistência de trabalho socialmente necessário, embora em
menor escala.
A diminuição do número de anulações do subsídio
de desemprego no primeiro semestre acompanha a tendência dos semestres
anteriores, embora seja menos expressiva. Esta evolução poderá ser
explicada pela entrada em funcionamento do processo de notificação
automática no início do ano. Aliás, era expectável que, devido à nova
metodologia, o número de anulações tivesse aumentado no primeiro
semestre e não caído, como afinal aconteceu.
Número de subsidiados caiu 21%
De acordo com a
Comissão de Recursos, a redução de 8% "poderá estar relacionada com o
universo dos desempregados subsidiados, que desceu 21% face ao período
homólogo do ano de 2014, designadamente por terem visto a sua situação
laboral resolver-se ou por terem esgotado o direito ao subsídio de
desemprego". Segundo as estatísticas da Segurança Social, em Junho havia
266.960 beneficiários do subsídio de desemprego contra 328.229 no mesmo
mês do ano anterior.
A região de Lisboa e Vale do Tejo, que
concentra o maior número de anulações do subsídio de desemprego, foi a
única das cinco áreas geográficas a registar uma subida das anulações
nos primeiros seis meses do ano. Foram 1.496 anulações, um aumento de 3%
face ao período homólogo, revela o relatório da Comissão de Recursos
(ver gráfico).
Apesar da diminuição das anulações no primeiro
semestre, registou-se um acréscimo de 4% do número de reclamações face
ao período homólogo. Ou seja, 273 beneficiários que viram o seu subsídio
de desemprego anulado recorreram da decisão e, entre estes, foi dada
razão a 92, que acabaram por ver reposta a prestação social.
A
Comissão de Recursos do IEFP refere que ao longo do semestre manteve "um
relacionamento próximo" com a Provedoria de Justiça, uma vez que há
pessoas que reclamam junto deste órgão. O mesmo aconteceu com os CTT "já
que parte dos recursos entrados na Comissão tem por base o
incumprimento dos desempregados subsidiados, alegadamente por
deficiências na distribuição postal", lê-se no documento.
O
relatório mostra ainda que ficaram pendentes 22 processos de reclamações
que entraram na Comissão no final do semestre anterior e que aguardavam
ainda decisão.
* O governo criou mais 2.500 pobres.
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