HOJE NO
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Cai a denúncia do BE em Setúbal:
"Estado vai pagar 55 milhões por ano" pela subconcessão do Metro de Lisboa
A líder bloquista esteve esta noite no jantar-comício em Setúbal com a cabeça-de-lista pelo distrito, Joana Mortágua.
"O que nos disse ontem o Diário da República (DR)
é que estaremos a pagar 55 milhões de euros de uma concessão do Metro de
Lisboa (ML), enquanto no público pagaríamos 32 milhões de euros". A
denúncia, surgiu esta noite por parte da coordenadora do Bloco de
Esquerda (BE) Catarina Martins, que comentou o contrato da subconcessão
dos serviços de transportes da Carris e do ML assinado ontem, à porta
fechada, entre o governo de Passos Coelho e grupo espanhol Avanza.
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Durante um jantar-comício em Setúbal, que juntou, entre outros, o
mandatário nacional António Chora e a cabeça-de-lista pelo distrito,
Joana Mortágua, a líder do BE considerou que "a falta de transparência e
as sucessivas negociatas" das Parcerias Público Privadas (PPP) do
governo de direita só vão prejudicar os contribuintes. "O contribuinte
paga, e o privado recebe sempre". Mas existe uma solução para travar uma
"das maiores PPP dos últimos anos", de nome BE: "Isto chama-se assalto,
mas nós vamos travá-lo" já no pós legislativas, argumentou.
O "anexo escondido" no DR, como lhe chamou Catarina Martins, revela
que o contrato terá um prazo até 1 de Julho de 2024, em que o ML
"deverá pagar uma retribuição anual, que terá o montante de 461.830.806
milhões de euros mais IVA". Porém, a líder bloquista não deixou escapar
uma das alíneas “escondidas" e, perante uma plateia cheia, avisou: "Se
as receitas de bilheteira não atingirem o valor mínimo será o Estado a
pagar.” Pois se Passos e Portas têm entoado a música “Amigos para
Siempre", a máxima responsável pelo BE estraga a canção, dizendo que
"esses amigos só se forem estes concessionários a quem deram generosas
borlas".
Antes de Catarina, Joana Mortágua falou, com inspiração divina, nos
"três milagres da direita". O primeiro veio do ministro da Economia
Pires de Lima que disse em 2013 que o país estava melhor, o segundo o
da multiplicação do défice e o terceiro o da multiplicação da
austeridade.
Os três serviram para que a número um por Setúbal tenha também feito
durante a churrascada no Largo Doutor Francisco Soveral o seu apelo ao
voto: "A direita não tem mais nada a apresentar se não mais
austeridade,e o PS prega a mesma 'bíblia' do tratado orçamental, no
próximo dia 4 de Outubro, dominados na guerra, rebeldes nos terão.”
* Fomos consultar o D.R., o que Catarina Martins disse é verdade, está lá escarrapachado.
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