O mesmo e mais fraco
Por nítida conveniência política e calculado proveito pessoal, Berta Cabral demarcou-se da figura e da governação de Passos Coelho
no final da campanha para as últimas legislativas regionais. A
maquinação cheirou a desespero, falhou rotundamente e a candidata do
PSD/A perdeu as eleições para Vasco Cordeiro. Mas nem por isso o
rejeitado Primeiro-ministro deixou de lhe lançar a ponta da corda para o
“estágio” como Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional.
Pressuponha-se que a passagem, mesmo que trivial, pelos corredores do Ministério da Defesa constituísse, ao menos, a experiência vivida dos dislates do centralismo e daí resultasse uma melhor e mais consistente visão política sobre estas ilhas. Mas não. Nas funções de governante em plena campanha eleitoral, Berta Cabral prefere descer à pífia conotação entre socialistas e casos que só à justiça competem, a ver se do outro lado lhe lembram uma mão cheia de refinados “companheiros da alegria”.
Estaseria a mais conveniente maneira de mergulhar uma campanha de esclarecimento em cestos de roupa em barrela e evitar que a candidata nos diga da sua ação enquanto Secretária de Estado, do seu pensamento sobre as Base das Lajes, sobre o mar dos Açores, sobre a Agricultura e o sector do leite e, sobretudo, do modo como o governo de que ela faz parte tem assobiado para o ar relativamente a assuntos fundamentais para a Região e para a Autonomia.
A luta por um lugar na Assembleia da República não deve reduzir-se à subida dos degraus da promessa fácil nem descer ao tom da acusação e do paleio sem ideias.
Para quem, nos Açores, exigia “Valorizar o nosso estatuto de ultraperiferia em toda a sua transversalidade e a dimensão atlântica dos Açores junto da Europa”, não pode agora manter na penumbra do esquecimento os propósitos que então defendia sem nada por eles fazer.
Insistir no modelo da campanha partidária pela aparência e pela futilidade, julgando outros no terreiro em desculpa própria é regressar ao mesmo e mais fraco. E para isso já não há pachorra.
Pressuponha-se que a passagem, mesmo que trivial, pelos corredores do Ministério da Defesa constituísse, ao menos, a experiência vivida dos dislates do centralismo e daí resultasse uma melhor e mais consistente visão política sobre estas ilhas. Mas não. Nas funções de governante em plena campanha eleitoral, Berta Cabral prefere descer à pífia conotação entre socialistas e casos que só à justiça competem, a ver se do outro lado lhe lembram uma mão cheia de refinados “companheiros da alegria”.
Estaseria a mais conveniente maneira de mergulhar uma campanha de esclarecimento em cestos de roupa em barrela e evitar que a candidata nos diga da sua ação enquanto Secretária de Estado, do seu pensamento sobre as Base das Lajes, sobre o mar dos Açores, sobre a Agricultura e o sector do leite e, sobretudo, do modo como o governo de que ela faz parte tem assobiado para o ar relativamente a assuntos fundamentais para a Região e para a Autonomia.
A luta por um lugar na Assembleia da República não deve reduzir-se à subida dos degraus da promessa fácil nem descer ao tom da acusação e do paleio sem ideias.
Para quem, nos Açores, exigia “Valorizar o nosso estatuto de ultraperiferia em toda a sua transversalidade e a dimensão atlântica dos Açores junto da Europa”, não pode agora manter na penumbra do esquecimento os propósitos que então defendia sem nada por eles fazer.
Insistir no modelo da campanha partidária pela aparência e pela futilidade, julgando outros no terreiro em desculpa própria é regressar ao mesmo e mais fraco. E para isso já não há pachorra.
IN "AÇORIANO ORIENTAL"
07/07/15
.
Sem comentários:
Enviar um comentário