HOJE NO
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Educação.
Abertos quatro inquéritos a escolas
por suspeita de notas inflacionadas
Os inquéritos são resultado de uma investigação feita a 10 escolas públicas e privadas.
Os quatro inquéritos abertos a escolas suspeitas de
inflacionarem as notas resultam de investigações a 10 escolas públicas e
privadas, revelou esta quinta-feira o secretário de Estado do Ensino e
da Administração Escolar, Casanova de Almeida.
Em declarações aos jornalistas, à margem do encerramento do encontro
da EPIS – Empresários pela Inclusão, o secretário de Estado explicou que
há actualmente quatro estabelecimentos de ensino a serem investigados
por discrepâncias entre as classificações internas, que são produzidas
pela própria escola, e as notas apresentadas nos exames nacionais.
.
De acordo com o governante, essas discrepâncias foram detectadas pela
Direcção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, o que levou a
Inspecção-geral de Educação e Ciência a averiguar a “desconformidade de
algumas classificações internas”.
“Com base nesses dados, e na segurança de que pudesse haver um
desalinhamento de umas notas em relação às outras, a Inspecção-geral de
Educação e Ciência foi para o terreno fazer averiguações em dez
estabelecimentos de ensino”, adiantou Casanova de Almeida.
Acrescentou que estas dez escolas eram as que “apresentavam
notoriamente um maior desalinhamento entre as classificações internas e
as classificações de exame” e que em causa estavam tanto
estabelecimentos de ensino privados como públicos.
Segundo o secretário de Estado, foram feitas recomendações a esses
estabelecimentos de ensino e durante o mês de Junho foi verificado se
essas recomendações estavam a ser cumpridas, o que aconteceu “na
generalidade” das escolas.
“A Inspecção-geral de Educação e Ciência achou que deveria averiguar
melhor quatro das situações e é isso que decorre nesta altura”, revelou.
Casanova de Almeida aproveitou para sublinhar que os cidadãos têm
hoje acesso a muito mais informação graças ao trabalho feito pela
Direcção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência e que é no quadro
desse trabalho que foram publicados os resultados que entretanto a
Inspecção-geral foi investigar.
“Não termina aqui esse processo porque a própria inspecção irá
acompanhar ao longo do próximo ano a verificação dessas recomendações”,
adiantou.
O Conselho Nacional de Educação alertou, no seu relatório “Estado da
Educação 2013”, divulgado em Setembro do ano passado, para a existência
de escolas que inflacionam os resultados dos alunos, gerando
discrepâncias entre a classificação interna (resultante do trabalho
desenvolvido pelo aluno ao longo de todo o ano) e a classificação
externa (nota obtida nos exames).
Na altura, o Ministério da Educação e Ciência considerou “natural” a
existência de diferenças nas notas internas e externas, mas garantiu
também a intervenção da IGEC, caso fosse “participada,
fundamentadamente, alguma situação concreta" de manipulação concertada
de resultados escolares".
* Nada escapa à usura dos "empreendedores" nacionais, saúde, educação, alimentação, transportes, finanças, etc..
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