01/05/2015

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HOJE NO
 "DINHEIRO VIVO"

A maior produtora nacional de 
parafusos compra concorrente

A Pecol, uma empresa de produção de parafusos que há 10 anos apostou em produtos complementares na indústria de fixação, comprou a 3Marcos, SA, "o principal concorrente", que apresentou insolvência. "Comprámos a marca, o fundo de comércio, o recheio da empresa, bem como a carteira de clientes, alguns do setor automóvel que nos interessavam", explicou António Novais, diretor-geral. O investimento rondou um milhão de euros, mas excluiu a compra das instalações.

O caso dos 450 trabalhadores atuais da empresa, António Novais adianta que, com a compra, serão incorporados "25 dos 40 trabalhadores altamente qualificados".
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Com uma unidade fabril em Águeda e outra em Espanha, a empresa está ainda presente em Itália, Polónia, Marrocos, Angola, Brasil e China, através de filiais.

Aumentar a internacionalização é um dos objetivos da Pecol, fundada em 1983. Por outro lado, a empresa ambiciona conquistar o mercado dos dois principais concorrentes em Portugal, duas multinacionais que representam cerca de 60 milhões de euros.

"Acreditamos que é possível, porque temos os melhores produtos e as margens mais baixas, imperativos para conquistar o mercado", frisou António Novais.

A fábrica em Espanha foi adquirida em 1997. "A HERZA, empresa espanhola situada em Vitória, País Basco, detinha o maior parque de máquinas da Península Ibérica. Esta aquisição proporcionou uma mudança assinalável no contexto competitivo da empresa, dotando-a de uma capacidade produtiva que lhe permitiria competir com os maiores fabricantes europeus".

Além disso, tinha "a importância estratégica de ter vários clientes do setor automóvel, muito importante para nós, mas onde é difícil entrar. Tem parcerias firmadas há anos e não mudam. Foi uma porta de entrada para esse setor, além de que é uma empresa muito bem organizada e altamente lucrativa".

Seguiu-se então um novo passo, agora com Paulo Coelho, filho do fundador Eduardo Coelho: a diversificação da gama de produtos. "É que o parafuso, apesar de ser fundamental - pode parar uma fábrica! - tem um valor muito baixo. E, apesar de sermos os quartos maiores fornecedores da Europa, era preciso diversificar para crescer", referiu António Novais.

Os outros produtos comercializados pela empresa são adquiridos a parceiros, essencialmente do mercado nacional, e vendidos com a marca Pecol aos clientes finais. Pecfix e Fixart são as outras duas marcas da empresa que, no ano passado faturou 65 milhões de euros.

* Mais 425 trabalhadores para o desemprego.


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