HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
A maior produtora nacional de
parafusos compra concorrente
A Pecol, uma empresa de produção de parafusos que
há 10 anos apostou em produtos complementares na indústria de fixação,
comprou a 3Marcos, SA, "o principal concorrente", que apresentou
insolvência. "Comprámos a marca, o fundo de comércio, o recheio da
empresa, bem como a carteira de clientes, alguns do setor automóvel que
nos interessavam", explicou António Novais, diretor-geral. O
investimento rondou um milhão de euros, mas excluiu a compra das
instalações.
O caso dos 450 trabalhadores atuais da empresa, António Novais adianta que, com a compra, serão incorporados "25 dos 40 trabalhadores altamente qualificados".
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Com uma unidade fabril em Águeda e outra em Espanha, a empresa está ainda presente em Itália, Polónia, Marrocos, Angola, Brasil e China, através de filiais.
Aumentar
a internacionalização é um dos objetivos da Pecol, fundada em 1983. Por
outro lado, a empresa ambiciona conquistar o mercado dos dois
principais concorrentes em Portugal, duas multinacionais que representam
cerca de 60 milhões de euros.
"Acreditamos que é possível, porque
temos os melhores produtos e as margens mais baixas, imperativos para
conquistar o mercado", frisou António Novais.
A fábrica em Espanha
foi adquirida em 1997. "A HERZA, empresa espanhola situada em Vitória,
País Basco, detinha o maior parque de máquinas da Península Ibérica.
Esta aquisição proporcionou uma mudança assinalável no contexto
competitivo da empresa, dotando-a de uma capacidade produtiva que lhe
permitiria competir com os maiores fabricantes europeus".
Além disso, tinha "a importância estratégica de ter vários clientes do setor automóvel,
muito importante para nós, mas onde é difícil entrar. Tem parcerias
firmadas há anos e não mudam. Foi uma porta de entrada para esse setor,
além de que é uma empresa muito bem organizada e altamente lucrativa".
Seguiu-se então um novo passo, agora com Paulo Coelho, filho do fundador Eduardo Coelho: a diversificação da gama de produtos.
"É que o parafuso, apesar de ser fundamental - pode parar uma fábrica! -
tem um valor muito baixo. E, apesar de sermos os quartos maiores
fornecedores da Europa, era preciso diversificar para crescer", referiu
António Novais.
Os outros produtos comercializados pela empresa
são adquiridos a parceiros, essencialmente do mercado nacional, e
vendidos com a marca Pecol aos clientes finais. Pecfix e Fixart são as
outras duas marcas da empresa que, no ano passado faturou 65 milhões de euros.
* Mais 425 trabalhadores para o desemprego.
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