HOJE NO
"OBSERVADOR"
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Passos Coelho:
“Tenho visão muito positiva” do mandato do governador do Banco de Portugal
O primeiro-ministro descarta entendimento com o PS, admite que houve "divergências reais" na coligação, diz que o PSD "não se importou de ser visto como o mau da fita" e confirma o SMS de Portas.
Pedro Passos Coelho diz que “não há qualquer hipótese” de uma
coligação com o Partido Socialista. Em entrevista ao semanário Sol, o
primeiro-ministro descarta qualquer entendimento depois das eleições
legislativas entre a coligação PSD/CDS e o PS.
Segundo o
primeiro-ministro, “todos os sinais” que existem hoje indicam que uma
solução PSD e PS “não tem nenhumas condições para funcionar” e salienta
as diferenças em termos de política económica: “O programa económico é divergente, o modelo económico é diferente”.
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ÓDIO RUMINANTE |
“A forma como o PS – e já vão em duas lideranças – vem
colocando o problema político e económico mantém o mesmo perfil e não é
conciliável com os objetivos que temos, quer com as regras europeias,
quer com o que tem sido o esforço de modernização e de reforma
estrutural da sociedade portuguesa”, diz. Contudo, o presidente do PSD
não assume nenhuma posição absoluta sobre soluções de Governo: “Em
teoria, todos nós não podemos deixar de nos sujeitar ao resultado das
eleições, e depois das eleições então veremos o que é que se fará. E eu
não vou a este tempo das eleições pôr-me a traçar cenários”.
O primeiro-ministro reconhece que houve “divergências reais”
dentro da coligação, que “foram expressas publicamente”, mas considera
que foram ultrapassadas. “Não foi fácil ultrapassá-las, mas
ultrapassamo-las. E eu acho que isso é o mais importante”, defende.
Diz
que o PSD foi mais castigado por ser o partido do primeiro-ministro,
que “acaba por se sentir mais atingido”, mas espera que o inverso também
aconteça. “Uma vez que as coisas correram bem, também podemos dizer que
no essencial as coisas resultaram porque o PSD não se importou muitas vezes de ser visto como o mau da fita“, refere.
O
pedido de demissão de Portas, que suscitou reações do CDS depois do
lançamento da biografia de Passos, também foi objeto de comentário.
Passos Coelho confirma que “a versão que o livro narra corresponde à
verdade” – ou seja, Paulo Portas enviou uma mensagem de telemóvel a
Passos, no verão de 2013, a avisar que se ia demitir.
Passos refere que tem uma “visão muito positiva” do mandato do governador do Banco de Portugal,
Carlos Costa, e elogia o seu papel no caso BES por “não ter fingido que
não via o que se estava a passar” e de ter tomado as devidas ações para
“salvaguardar a estabilidade financeira”. O primeiro-ministro considera
que o governador fez “as perguntas que era preciso fazer” e mandou as
cartas “que se deviam ter mandado” — atitudes que não eram habituais no
Banco de Portugal, considera Passos.
O mandato de Carlos Costa no Banco de Portugal termina em junho e o Governo ainda não anunciou se pretende ou não reconduzi-lo.
* Não temos uma visão positiva na avaliação de desempenho do governador do Banco de Portugal, a permissividade para com Ricardo Salgado é um exemplo.
** No que respeita ao sms referido no livro o dr. Portas está a portar-se com mais decência do que o primeiro ministro, recordemos:
- Naquele dia Passos Coelho envia um sms a Paulo Portas referindo que ia nomear Maria Luís Albuquerque para ministra das Finanças e então o actual vice-primeiro ministro respondeu-lhe também por sms que se demitia confirmando a intenção por carta escrita. Estranho é que nem o primeiro ministro nem a escrevinhateira daquela tristeza literária, referiram a existência do primeiro sms. Toda a gente sabe do ódio de estimação que o primeiro e o vice nutrem um pelo outro, até percebemos porque neste momento Paulo Portas admite tanta humilhçãozinha, é que se o CDS se concorrer sózinho às eleições leva uma tareia de um tamanho...
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