HOJE NO
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OCDE.
Portugueses são dos que
mais consomem álcool
Esta lista é encabeçada pela Estónia, seguida pela Áustria e pela França.
Portugal era, em 2012, o nono país com maior consumo
de álcool per capita entre os 34 membros da OCDE, embora tenha sido um
dos que mais reduziu a quantidade consumida em 20 anos, segundo um
relatório hoje divulgado.
De acordo com um relatório da OCDE sobre o consumo nocivo de álcool e
o seu impacto na saúde pública, relativo ao período entre 1992 e 2012,
neste último ano Portugal apresentou uma média de consumo de bebidas
alcoólicas a rondar os 11 litros per capita, quando a média da OCDE se
situava nos 9,1%.
Esta lista é encabeçada pela Estónia, seguida pela Áustria e pela França, com consumos a rondar os 12 litros per capita.
O relatório avalia igualmente o consumo de álcool em seis países não
membros, mas parceiros da OCDE (Rússia, África do Sul, Brasil, China,
India e Indonésia), sendo que, destes, apenas a Rússia figura também
acima da média da OCDE.
No entanto, o mesmo documento revela que Portugal foi o quinto país
que mais baixou o consumo de álcool desde 1992, com uma redução superior
a 20%.
Acompanham Portugal nesta descida a Grécia, a Eslovénia, a França e a
Itália, esta última com uma diminuição de consumo acima dos 40%.
O relatório destaca que países produtores de vinho, como Portugal,
Espanha, Itália, Grécia e França, assim como Hungria, República Eslovaca
e Suíça, viram o consumo per capita desta bebida cair mais de 20% desde
1990.
Uma avaliação aos padrões de consumo de álcool – com um ranking de 1
(comportamento de baixo risco) a 5 (o mais arriscado) – coloca Portugal
no nível mais baixo (1).
Este ranking baseia-se nos comportamentos que podem indiciar consumo
nocivo (grandes quantidades de álcool por ocasião, frequência de consumo
de bebidas em festas ou proporção de ocasiões de consumo em que ocorre
embriaguez) ou o consumo de álcool associado às refeições.
Portugal é precisamente um dos países em que o vinho é a bebida mais
consumida, seguido pela cerveja, com as bebidas espirituosas e outras a
representarem um nível de consumo baixo.
O relatório analisa também a forma como as disparidades sociais estão
relacionadas com episódios de forte consumo de álcool e concluiu que em
Portugal os homens com maior nível de educação têm menos probabilidade
de ter este tipo de consumo.
Contrariamente verificou-se que são as mulheres com maior nível educacional as que estão em maior risco.
O mesmo se passa com o estatuto socioeconómico: são os homens
portugueses de baixo estatuto os que têm mais episódios de forte
consumo, enquanto as mulheres com este tipo de comportamento se situam
em estratos socioeconómicos mais elevados.
No entanto, estes episódios de consumo mais pesado situaram-se abaixo
dos 5%, para homens e mulheres de todos os níveis educacionais e
socioeconómicos, nos últimos 12 meses em análise.
* Os valores não são bons nem catatastróficos, o pior do consumo de álcool é associá-lo à condução, aí as penalizações deviam ser bem pesadas, mais do que as legisladas.
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