HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Paulo Macedo:
"O Serviço Nacional de Saúde
está mais forte"
O Governo foi chamado ao Parlamento de urgência
para debater a situação de "caos" e "descalabro" do sector da saúde em
Portugal. O Bloco de Esquerda acusou o Executivo de abrir o caminho aos
privados, mas Macedo faz um balanço positivo do trabalho que foi feito.
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O Bloco de Esquerda agendou para esta
quinta-feira um debate de urgência sobre a situação da saúde em Portugal
e o diagnóstico não podia ser mais negro: "durante quatro anos não
fizeram nada nas urgências a não ser cortar e inventar urgências
metropolitanas que faliram ao fim de três meses de caos", apontou a
deputada Helena Pinto. Hoje "morre-se à espera de ser atendido. Isso é
qualidade?", perguntou ao ministro da Saúde. Paulo Macedo respondeu:
"apesar do imenso que há por fazer", o "Serviço Nacional de Saúde está
mais forte".
"O SNS foi capaz de responder às exigências dos portugueses", sustentou Paulo Macedo, perante o plenário do Parlamento. O ministro da Saúde lembra a herança difícil que recebeu do anterior Governo e sustenta que no esforço de ajustamento foram "privilegiados os mais fortes, como a indústria farmacêutica, onde foram feitos 50% dos cortes". Ao mesmo tempo "novos investimentos na saúde dos portugueses tiveram lugar nestes últimos meses".
Macedo lembrou a "isenção das taxas moderadoras até aos 18 anos", que implica um aumento de isenções a "400 mil pessoas", e uma "poupança estimada de 11 milhões de euros" às famílias.
Por outro lado, foi feita a "comparticipação da vacina anti-pneumocócica, disponibilizando uma verba de até seis milhões de euros para apoiar as famílias". Acresce uma "experiência-piloto para enfermeiros de família" ou o "recrutamento de mais de 2500 profissionais de saúde só nestes quatro primeiros meses, entre médicos, enfermeiros e auxiliares".
E não é tudo: Macedo diz que o Governo vai disponibilizar "1.100 vagas para médicos especialistas" depois de já terem entrado 1.900.
A realidade é bem distinta, sustenta Helena Pinto. A começar pelas urgências, que viveram uma situação "de caos" no Inverno. O objectivo do Governo "era só um: atacar o SNS enquanto serviço universal e público". "Vivemos uma situação de descalabro com falta de médicos nos cuidados primários de saúde, faltam médicos especialistas, porque facilitou a sua saída, não pôs um travão à antecipação das reformas", acusou.
Hospitais privados precisam de médicos do SNS, acusa o Bloco
Isso aconteceu "porque os grandes hospitais privados que o senhor protege seriam obrigados a fechar as portas se esses médicos não deixassem o SNS".
Paulo Macedo não respondeu às críticas sobre as urgências nas primeiras duas intervenções que fez. Nem comentou as declarações do secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, a propósito de uma reportagem da TVI que mostrava as deficientes condições de algumas urgências hospitalares.
Macedo também não se pronunciou sobre as declarações do presidente do Instituto do Sangue, que afirmou que os homossexuais que pratiquem relações sexuais estão proibidos de dar sangue.
* Em tempos considerámos Paulo Macedo o melhor ministro do governo, tem vindo a desapontar-nos, o ministério da Saúde tem tirado dinheiro ao sector público para o injectar nos hospitais privados que, sem a ajuda do Estado, não sobreviveriam.
Os melhores médicos dos hospitais privados são funcionários públicos ou reformados do Estado. Os hospitais públicos trabalham bem melhor que os hospitais privados, que funcionam como "hospitéis".
E depois temos aquele secretário de Estado a contar fábulas à comunicação social.
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