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Governo diz ter 'dispositivo mais musculado'
para combater fogos florestais
O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida,
considerou hoje que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios
Florestais previsto para 2015 "é um dispositivo mais musculado", que
conta com mais meios, formação e treino operacional.
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"Temos um dispositivo mais musculado para dar resposta às ocorrências
que vamos enfrentar. É um dispositivo que tem ficado cada vez mais
forte do ponto de vista dos meios e que tem sido reforçado do ponto de
vista operacional", alegou.
Depois de uma visita ao posto de comando montado para um simulacro de
incêndio florestal, que decorreu durante a manhã em Viseu, o
representante do Governo sublinhou que tanto os meios de combate aéreos
como os terrestres foram reforçados.
"Para este ano, mantivemos aquilo que foi o crescimento do
dispositivo do ano passado, em termos de meios aéreos: mais quatro, com
especial saliência o termos em permanência no dispositivo uma parelha de
meios aéreos anfíbios de asa fixa, para além de dois médios, em
acréscimo ao que tínhamos em 2013, totalizando 49 meios aéreos",
informou.
Do ponto de vista do dispositivo terrestre, João Almeida aludiu a um
reforço de 17 equipas e a decisões "focadas no que são os problemas
diagnosticados, como, por exemplo, aquilo que é o recrutamento no
distrito de Viana do Castelo, com mais três equipas de intervenção
permanente".
De acordo com o secretário de Estado da Administração Interna, para
além do reforço de meios no terreno, tem havido uma evolução em termos
de formação e treino operacional.
"A preparação das forças, o capacitar todos os meios que estão à
disposição e a capacidade de decidir de forma certa, de intervir de
forma certa, é tão importante como a quantidade de meios que temos
disponíveis. Felizmente temos evoluído nos dois pontos", sustentou.
No seu entender, quando se prepara uma nova época, é essencial "pensar para além dos meios e todo o planeamento de meios".
"É fundamental também trabalhar aquilo que é a formação, o treino
operacional, a capacidade do saber fazer no terreno. É isso que temos
estado a trabalhar, num planeamento que é feito desde o fim de uma época
até ao início da seguinte", destacou.
João Almeida sublinhou a importância dos exercícios como o que
aconteceu hoje em Viseu e em outros distritos do país, que permitem
trabalhar cenários próximos do real para depois haver capacidade de
resposta dos meios e de todos os agentes de protecção civil.
Sobre os primeiros incêndios do ano, o representante do Governo admitiu que "o nível de resposta foi muito adequado".
"Nos dias mais difíceis deste ano, faz agora uma semana, a resposta
ainda sem estarmos na Fase Bravo [segunda fase mais crítica de combate
aos fogos florestais] foi uma resposta muito adequada, com uma
capacidade de mobilização muito possante do ponto de vista de todos os
meios", concluiu.
* Não temos razões para acreditar no sr. secretário de Estado mas se efectivamente este ano, a extensão dos incêndios for menor em condições normais de verão, saberemos reconhecer que estávamos enganados.
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