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Quase 8500 crianças e jovens
em instituições em 2014
Um total de 8470 crianças e jovens estavam, em 2014, em instituições de acolhimento, segundo um relatório do Instituto de Segurança Social.
O relatório de Caracterização Anual da
Situação de Acolhimento de Crianças e Jovens CASA 2014 foi entregue no
parlamento, esta quarta-feira, num encontro entre o ministro da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social e a presidente da Assembleia
da República.
Em 2013 estavam em situação de acolhimento 8445 crianças e jovens.
De acordo com documento síntese do relatório, 2143 crianças e jovens entraram no sistema de acolhimento em 2014 e outras 2433 que se encontravam no sistema regressaram às suas famílias, autonomizaram-se ou foram adotadas.
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Nos
jovens com mais de 18 anos que deixam as instituições a grande maioria
continua com a medida de proteção/acompanhamento no seu projeto de vida.
Dos
2433 menores que deixaram de estar no sistema de acolhimento (lares de
infância e juventude), um terço permaneceu menos de um ano.
O
Instituto de Segurança Social destaca ainda como indicador importante o
facto da permanência em acolhimento ter sido reduzida para as crianças
entre os 0 e os 3 anos (183 casos, sendo que a maioria tem como projeto
de vida a adoção).
Por outro lado, o mesmo documento destaca um
aumento de 10% na identificação de jovens com características
particulares designadamente: problemas de comportamento (2164 casos),
deficiência mental ou debilidade mental.
Em 2014, um total de 3922 menores em acolhimento foram acompanhados em pedopsiquiatria ou psicoterapia.
Há ainda registo de um decréscimo em 6% do insucesso escolar na faixa etária dos 10-11 anos e 17% entre os 12 e os 14 anos.
O
documento síntese revela ainda que relativamente à situação de perigo
que levou ao acolhimento de crianças e jovens a que mais se destaca é a
falta de supervisão e de acompanhamento familiar, mantendo a tendência
de anos anteriores.
Na entrega do relatório CASA, o ministro da
Solidariedade, Emprego e Segurança Social anunciou que a monitorização
da situação dos menores em acolhimento em Portugal deve evoluir para um
sistema de informação integrado que informe, a todo o tempo, da evolução
do seu projeto de vida.
Este sistema integrado deverá interagir,
segundo o ministro, com o sistema das Comissões de Proteção de Crianças e
Jovens e da Assessoria Técnica aos Tribunais.
Neste âmbito,
adiantou, passará a ser obrigatório o registo das frequências destes
menores acolhidos, quer nas respostas sociais do sistema de segurança
social, quer nos colégios de ensino especial e comunidades terapêuticas,
permitindo assim o registo de informação mais qualitativa.
* Uma tristeza.
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